sábado, 16 de novembro de 2024

PREOCUPANTE... MUITO PREOCUPANTE.

  Nem sei como começar sem "ilustrar" o assunto.

          Um dos últimos textos, rendeu demais, e comecei a receber mensagens, contatos e uma pessoa chegou a me ligar, e eu notei que realmente pegou na veia, pisei no calo, acertei na mosca... infelizmente.

          E o mais triste, é que na maioria dos casos, notei que o comportamento era recorrente, sempre o mesmo,e dentre as pessoas que entraram em contato comigo, um era homem, e este dividiu comigo sua dúvida, porque a pessoa que ele ama de verdade, estava destruindo a própria vida, e ele não poderia dizer nada.

       Foi o relato que mais mexeu comigo, porque é raro,mas ainda existem pessoas que realmente amam, sem modinhas, convenções, ou preocupações à respeito de como ficariam na foto, é o amar pelo amar, simples.

        Pessoas que se deixam levar por sugestões, ideias "equivocadas" e a influência péssima de quem muitas vezes não consegue um relacionamento saudável, e por isso, deseja o mesmo fim para o alvo de suas opiniões.

       Imaginei as situações de acordo com o que foi descrito,e busquei ilustrar.

        


São situações cotidianas,mas incrivelmente comuns a muitas pessoas.


E o mais incrível (para não dizer terrivel) é que as situações são assustadoramente parecidas, parece uma regra geral.


E...  os resultados são tão previsíveis, mas parece que o ego cega demais.


O ego cega, e quem dá conselho errado, ajuda tapando os olhos de quem querem prejudicar, ou manter no mesmo patamar que estão.


Acho que consegui ilustrar... espero que seja útil.


Como eu sempre digo, a conta chega.


Para pensar e pesar.















sexta-feira, 18 de outubro de 2024

TELEFONE SEM FIO (SUICIDIO ASSISTIDO ?)

 A REDE SOCIAL SEMPRE EXISTIU, O QUE MUDOU FOI A VELOCIDADE DE DISSEMINAÇÃO INDEPENDENTE DA DISTÂNCIA.

Você já parou para pensar no alcance das suas ações, palavras, gestos e até omissões ?
Você já imaginou o impacto que isso pode causar na vida das pessoas, e como isso pode afeta-las ?
Você já parou para pensar, que o que hoje chamam de "network" é na verdade aquele "boca a boca" que os vizinhos faziam antigamente ? É... " Você viu, a filha da D.Cida abriu uma loja de aviamentos aqui perto, ficou mais prático né ? ", com isso uma provavel cliente já sabe que nas imediações pode encontrar soluções, além de prestigiar uma conhecida.
Agora aplique isso em escala (proporção) maior, tanto para alcance quanto para velocidade.
Por isso junto com toda esta modernidade e facilidade, veio uma grande responsabilidade.
Você pode alavancar um negócio, ou enterrá-lo antes mesmo de começar, basta um comentário errado, para a pessoa certa, que repasse para um conhecido com uma visão equivocada.
E assim tem sido a vida on line.
Quantos amigos/conhecidos, você leva para uma conversa quando surge a oportunidade ? " Oi, você disse que precisa avaliar o seu imóvel não é ? Sabe o Téo ? Pois é, está trabalhando com isso, fale com ele, de repente... ". (não é uma indicação, mas uma divulgação que certamente você gostaria que ocorresse em relação a você e seu negócio... estou errado ?)
Pense nisso, pois o universo leva e traz as sementes da colheita.
Nada é por acaso, nem mesmo você aqui lendo esse texto, pense nisso.
Vamos pesar um pouco mais a mão ?
Já ouviu falar de Stanley Milgran ? Em 1967 esse sociólogo fez um experimento, entregou a 300 pessoas, cartas endereçadas a um corretor da bolsa (que nenhum deles conhecia diretamente ou ouvira falar, e pediu que repassassem a um conhecido que tivesse a chance maior de repassa-la até o corretor.
E ficou comprovado que em média após 5 repasses, a carta chegava ao destino.
Pois é.


Quanto do que você vive hoje, é fruto de cinco ou seis repasses ?
Lembra do "telefone sem fio" ? Aquela brincadeira na qual a informação era repassada adiante, e normalmente chegava distorcida lá na frente, no final ?
Aplique a sua vida, a sua realidade, as suas relações interpessoais, e depois comece a observar tudo o que está dando certo ou não hoje.
Agora imagine quais ações suas podem chegar a pessoas próximas de você, como um boomerangue que você lançou aleatoriamente,e que pode voltar e atingir quem está ao seu lado.
Transformações para o bem ou para o mal, tudo vai depender da intenção, de como foi lançado, e como o caminho foi alterado, e por quem.
Por isso, pense à respeito de quantas vidas você toca com suas ações, omissões,palavras... na volta pode ser que atinja alguém que você ama, e isso poderá ser mais doloroso do que ser atingido diretamente.
Quer um exemplo mais... "moderninho" ?
A mulher empoderada, independente, dona do próprio nariz e que pensa; "se o homem pode sair e transar porque eu não posso ?".
Claro que pode minha filha... mas... será que no futuro considerarão como "vivida" ou... "rodada" ? (não brigue comigo pelo exemplo dado, apenas compreenda que nada vai mudar no grito,e nem tão rápido quanto as configurações das redes sociais, a rede social virtual é uma coisa, a vida real é outra).


Imagine que atitudes suas podem em algum momento chegar aos olhos e ouvidos de alguém próximo, será que esse alguém merece isso ?
Outro exemplo ? Você tem um negócio, mas seus... "amigos" não costumam comentar (comentário não é indicação!), mas pode ter certeza, de que na primeira oportunidade, se souberem que você não comenta à respeito do trabalho deles, estes ficarão "chateados".
Ficou tão banal, corriqueiro, que poucos lembram de... "prints", "filmagens", "gravações", e de como esse telefone sem fio corre, só que na brincadeira em uma rodinha com menos de uma dezena era uma coisa, repassado as dezenas por dia... é outra.
Pense naquilo que você merece, naquilo que deseja para quem lhe é caro, e observe mais quem entra na sua vida, porque aparentemente pode ser um primeiro contato, quando na verdade chegou devido a mensagem (talvez muito distorcida) que recebeu lá na outra ponta.
Seja o vizinho com cadeira na calçada... pretigie amigos que estão empreendendo, divulgue, se não tem nada de bom para falar de alguém, não fale, se não for crucial a sua opinião, não a jogue na conversa, e se sentiu-se ofendido(a) pelo que leu, me desculpe, aqui é meu espaço, opino, calculo, divago...
Quer entender a cabeça deste que deixou as palavras aqui ?
Trace uma linha horizontal em um papel, e depois ao longo dela vá colocando os desdobramentos que ocorreram devido a uma ação sua,e de cada desdobramento puxe mais uma linha e imagine possiveis desdobramentos novamente... procure saber o que é "espinha de peixe", facilita para estudar também 😉 é um exercício mental.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O CÓDIGO MASCULINO. (VIVE FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS)

          Sim, ele existe, é bem real, e está implicito entre homens de verdade.

          As mulheres sempre ouvem dizer: " mulher não é amiga de mulher ",na verdade não é uma questão de "amizade", mas de lealdade, a tal "sororidade" que inventaram para designar a empatia e o respeito.

          Entre os homens, é uma questão de lealdade, ainda que não sejam próximos, mas apenas "conhecidos", talvez frequentem a mesma roda de amigos ou meio social, o homem de verdade vai dar um jeito de saber se um possível envolvimento dele com a ex de alguém ali, causaria um certo... mal estar.

         E se são amigos, se tem proximidade ou já tiveram, se existe uma história em comum, é questão de honra, de respeito ao código masculino, procurar saber se o envolvimento coma ex do outro seria um incômodo.

         Já passei pela situação de estar junto de um amigo, e a ex dele que já havia bebido muito, realmente "chegar junto", evitei, não me sentiria bem mesmo que ele não estivesse ali, e depois falando com ele à respeito, ele disse que por ele tudo bem, porque eramos duas pessoas que ele gostava muito e respeitava. Mas se ele dissesse que não ficaria à vontade com isso, eu definitivamente me afastaria, ainda que para alguns isso pareça bobagem, ou não seja... "moderno", e deixei isso claro para ela.

       E digo, é uma mulher incrível, daquelas que muitos gostariam de ter ao lado ou conhecer melhor, mas eu sigo o código, ainda que eu saiba que muitos até próximos de mim, não o fazem.

     Tenho conhecidos que me questionaram à respeito de ex-namoradas minhas, foi aquela cortesia do código, uma demonstração de respeito, e assumo, com uma rara exceção, eu sempre disse que não havia problema algum, mas com uma ressalva pessoal, se eu soubesse que esse cara seria "malandro" em relação a uma pessoa boa, eu diria que não seria legal, só para preserva-la.

    O código masculino é simples, mas se fossemos colocá-lo no papel, seria algo mais ou menos assim:

1º HOMEM DE VERDADE RESPEITA A MULHER DO PRÓXIMO, AINDA QUE NÃO O CONHEÇA.

2º HOMEM DE VERDADE NÃO USA MOMENTO DE FRAGILIDADE OU A CONFIANÇA DE UMA MULHER PARA LEVA-LA PARA A CAMA. (Quem faz isso além de malandro, não age como homem, representa um papel para conseguir o que deseja, finge ser o bom moço, quando na verdade nem homem da acepção correta da palavra o é)

3º HOMEM DE VERDADE NÃO "ATACA" A EX DE CONHECIDO, E MUITO MENOS DE ALGUÉM QUE JÁ O CHAMOU DE AMIGO, SEM FALAR COM ESTE ANTES PARA SABER SE NÃO HÁ PROBLEMA. (E caso a resposta deixe claro que isso seria de alguma maneira um incômodo, ou algo que o faria sentir-se mal, ainda que seja uma mulher incrível, o HOMEM de verdade evita a relação)

4º  HOMEM DE VERDADE, CASO SEJA ABORDADO PELA MULHER OU A EX DE ALGUM AMIGO, TEM O DEVER MORAL DE AVISAR O AMIGO. (A mulher que aproxima-se de amigos do ex, o faz por duas razões, vingança, ou simples falta de caráter e respeito, é um meio de causar mal estar ao ex, o HOMEM de verdade coloca-se no lugar do outro)

5º O HOMEM DE VERDADE, CUIDA, PROTEGE, SEGUE RITOS DE EDUCAÇÃO QUE SÓ MULHERES DE VERDADE RECONHECEM.(Ele a acompanha caminhando pelo lado de fora de calçada, abre a porta, puxa a cadeira, não a deixa sentada quando sabe que ela gosta de dançar, elabora surpresas e situações para alegra-la, para deixa-la sempre bem)

6º O HOMEM DE VERDADE SEMPRE VAI DEIXAR CLARO QUE ELA ESTÁ LADO A LADO COM ELE PARA O QUE DER E VIER, QUE AMBOS TEM O MESMO PESO NAS DECISÕES, ISSO É CONFIANÇA E LEALDADE.

7º O HOMEM DE VERDADE, EM RELACIONAMENTO SÉRIO, NÃO VAI "ABRIR BRECHA" PARA APROXIMAÇÃO DE OUTRAS MULHERES PELA NECESSIDADE DE SENTIR O EGO MASSAGEADO.

8º O HOMEM DE VERDADE VAI JOGAR LIMPO SEMPRE, E DEIXARÁ SEMPRE CLARO SE É O INÍCIO DE UM RELACIONAMENTO OU ALGO CASUAL.

9º O HOMEM DE VERDADE CUIDA, PROTEGE, E TRATA BEM MULHERES, CRIANÇAS, IDOSOS E QUALQUER PESSOA, NÃO FAZ DISTINÇÃO.

10º O HOMEM DE VERDADE BUSCA O CONHECIMENTO SEMPRE, E VIVE SUA VIDA SEM "PISAR" EM QUEM QUER QUE SEJA PARA SUBIR, OU MANTER-SE EM DETERMINADA POSIÇÃO.

11º O HOMEM DE VERDADE PODE NÃO SER MILIONÁRIO, EMPRESÁRIO, MAS DEVE OFERECER SEMPRE O SEU MELHOR A MULHER QUE AMA E QUE ESTÁ COM ELE, ELE IRÁ ESFORÇAR-SE E FICARÁ LEGITIMAMENTE FELIZ PELAS CONQUISTAS DELA,E ELE IRÁ INCENTIVÁ-LA SEMPRE.

12º O HOMEM DE VERDADE, AQUELE QUE CRESCEU ERRANDO, MUDA ATITUDES, REVÊ CONCEITOS, E ISSO SÓ UMA MULHER DE VERDADE SABERÁ RECONHECER.

13º O HOMEM DE VERDADE, CASO SEJA AMIGO DE UMA MULHER, SERÁ AMIGO MESMO, SABERÁ SEPARAR AS SITUAÇÕES ENTRE AMIGOS, E HOMEM E MULHER.

14º O HOMEM DE VERDADE É JUSTO, NÃO MENOSPREZA NINGUÉM.

15º O HOMEM DE VERDADE SABE QUE NÃO ENCONTRARÁ UMA MULHER DE VERDADE, NOS LUGARES ONDE ENCONTRA-SE SEXO FÁCIL, LASCIVIA, LIBERTINAGEM, EM AMBIENTES QUE SÃO DESAGRADÁVEIS PARA CASAIS, OU QUE SEJAM REDUTOS DE CASAIS QUE PRECISAM DE EXPERIÊNCIAS DIFERENTES PARA MANTER A RELAÇÃO.

16º O HOMEM DE VERDADE AINDA QUE TENHA ERRADO MUITO, FREQUENTADO AMBIENTES NADA "SAUDÁVEIS" TANTO FISICA QUANTO ESPIRITUALMENTE, MAS QUE APRENDEU COM OS PRÓPRIOS ERROS, TERÁ ATITUDES RADICALMENTE DIFERENTES.

17º O HOMEM DE VERDADE, JAMAIS RELEGARÁ UM FILHO, JAMAIS ABRIRÁ MÃO DA CONVIVÊNCIA COM FILHOS, E AINDA QUE NÃO POSSUA RECURSOS SUFICIENTES PARA DAR-LHES UMA VIDA DE CONFORTO, LHES DARÁ A PRESENÇA DE QUALIDADE. 

18º O HOMEM DE VERDADE TERÁ EM SEU LAR, EM SUA FAMÍLIA O PORTO SEGURO QUE DEFENDERÁ SEMPRE, E PREZARÁ POR JAMAIS COLOCAR NESTE MEIO, INFLUÊNCIAS OU ENERGIAS NEGATIVAS, RUINS.

19º O HOMEM DE VERDADE PREFERE TEMINAR SUA NOITE SÓ, DO QUE MAL ACOMPANHADO.

   Ainda que muitas mulheres digam que todos são iguais, que todos são desprezíveis, é preciso lembrá-las que nem todas são santas ou perfeitas, e que o mundo (inegavelmente machista) em que vivemos, não mudará através de gritos, ataques pessoais, ou decretos. E isso tudo deve ser bem pensado ao criticar o mundo masculino ou as convenções sociais, pois o homem de verdade, sabe que a mulher de verdade, ainda que independente sob todos os aspectos, respeita estas convenções.

    Se você conhece alguém que precisa conhecer o código masculino, alguém que nem imagina que ele exista, compartilhe este texto, talvez o comportamento daquele cara que você não compreende, esteja pautado naquilo que você leu acima, e que passa longe dos "desconstruidos" de hoje.           

segunda-feira, 29 de abril de 2024

NÃO LEVE TRAUMAS, LEVE LIÇÕES.

     Afinal, você leva traumas ou lições ?

            Sabe o que diferencia a evolução, o crescimento, da estagnação ?

            Reconhecer as lições.

            Tenho encontrado ( infelizmente ) muitas pessoas interessantes, mas     que "vivem" bloqueadas por traumas, por desilusões, situações consideradas desfavoráveis, e de repente me pego pensando, no tempo que estas pessoas perdem ao colocarem todos na mesma balança.

            Oportunidade de amizades novas, trabalhos, e claro, aquele amor que tira o fôlego.

            A vida é um risco, relacionar-se sob qualquer forma também o é !



            Sair de casa apresenta riscos, aos quais todos estamos sujeitos, e as relações também, e de repente ali, no cantinho surge uma opção, mas você dá as costas, se fecha, impõe barreiras.

            É aí que "o bicho pega".

            É aí que o tempo passa, e a oportunidade também.

            Pessoas que viveram traumas e conseguiram transformá-los em lições, não perdem mais tempo, não dão "murro em ponta de faca", simplesmente... vivem.



            E se você que tem medo de arriscar, que não conseguiu aprender a visualizar e transformar os sinais do passado em lições, acabar cruzando com alguém que aprendeu a fazê-lo, pode perder a oportunidade de viver algo bom, com uma pessoa inteira. ( e pessoas inteiras seguem em movimento positivo, para a frente, não perdem mais tempo, e isso não é egoísmo, é amor próprio )


            Afinal, o que você merece ? O quê você deseja ? O quê você espera de alguém que entre na sua vida ? (como amizade, parceria de trabalho ou amor)


           Tempo e distância não separam duas pessoas que devem se encontrar ou reencontrar, mas as preparam para o momento certo, porém, se o momento certo for desperdição, lembre-se, NADA É POR ACASO, O ACASO É RESULTADO DO SEU DESCASO, PRESTE ATENÇÃO OS SINAIS.

           Olhe para os lados, não foque apenas no futuro, olhando lá adiante e planejando, projetando, porque o que vai propiciar a chegada, é o caminho, é ele que agrega valor a chegada, e não o contrário.

           É o olhar para trás, e realmente ver o que tem de valor na vida, o que produziu, o que conquistou, você pode estar no topo já, talvez não tão alto quanto gostaria ou poderia, mas você teve sim as suas conquistas,e hoje olhando-se no espelho, voc~e consegue pensar e pesar o que deixou para trás ? Ou o que está deixando para trás ? Situações e pessoas.

          E talvez você não consiga ainda diferenciar, mas os processos de aprendizado e as pessoas tem seu peso, e se observar com mais cuidado, verá que existem pessoas que sempre estiveram alí, mesmo quando você as desprezou ou simplesmente passou o olhar sobre elas, como se não as quisesse ver,e em muitos casos, você verá que mesmo as tratando assim, estas seguem embarcadas nesse trem com você, e dependendo da situação, um dia você poderá olhar pela janela na partida, levará aquele susto, e verá que a pessoa não está mais no mesmo vagão que você, mas que desembarcou, porque encontrou aquilo que merecia e não teve.

             Aprender que a vida segue... pode ser doloroso, mas é parte da evolução.

            Não fique confortável porque hoje consegue o que quer com pouco esforço, é exatamente por isso que nenhuma conquista "fácil" se manteve.  

            Ainda não aprendeu que a projeção é a mãe da decepção ?

            Texto curto, rapido, apenas para deixar no ar a pergunta: " VOCÊ ESTÁ LEVANDO BAGAGEM OU LASTRO ?


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A VIDA/DÍVIDA QUE NÃO PRESCREVE.

           E viveu a vida.


           Viveu momentos, imaginava conhecer o amor, mas no fundo não sabia qual o real significado da palavra.

            Quando nova, não via problema algum em "fazer fila", afinal, se já estava ali mesmo, porquê não ?


          Não se comprometia.


         Com o tempo, não veio a maturidade, mas uma providencial calmaria.

                 Parecia que tudo se encaixava, mas no fundo, aquela velha veia de adolescente ainda pulsava.

                  Jogou tudo para o alto, e atirou-se novamente a vida, ouvia conselhos de quem jamais deveria, espelhava-se em exemplos que não davam certo em relacionamento algum, mas não admitia.



                    Encontrou a sua zona de conforto.

                    Reconhecimento, ser cobiçada, ser objeto de desejo, sempre nas rodinhas tão... "falada".

                    Mas... não atentou-se a maneira como era vista, e ao invés de cobiçada por ter valor para exclusividade, foi passada de cama em cama, e ainda que por alguns que repassavam a história ou estória, foi exposta sem saber, com provas bem documentadas tanto de conversas picantes digitadas, quantas imagens e até cenas bem gravadas sem o seu consentimento, mas que passaram de mão em mão, com as dicas de como conseguir chegar nela, e ter claro o seu momento.



                      E no espelho quando arrumava-se, caprichava, não mais por amor próprio, mas por imaginar... o que o outro veria.

                         O amor próprio morreu lá atrás, quando ao ouvir os primeiros conselhos errados, ao invés de pesar sua vida e seguir em frente, sem olhar para os lados, pensou... "será" ?

                           E o... "será" ? Tornou-se... "porquê não" ?

                            E entregou-se ao primeiro que insistiu, não sentiu culpa, mas sim aquela emoção de adolescente fazendo algo de errado, mas vendo que estava ( no momento) dando certo.



                           E na dúvida, repetiu este expediente várias vezes, até decidir que deveria abrir mão do que vivera até ali, do que construíra, para "viver".

                       Mas a vida cobra, a vida ensina, e ainda que demore para notar as lições, ou que não seja agradável reconhecê-las, elas estão alí, é como aquela caderneta da vendinha da esquina, você vai marcando, marcando, marcando, e quando percebe que ela está cheia e que pode pesar, atravessa a rua, imaginando que a vida atrás do balcão, vai esquecer de tudo aquilo que foi marcado.

                          Só que um dia, a vida, dona da vendinha, bate à sua porta, porque esse mundo é tão pequeno quanto a menor cidade, e ela sabe onde voce mora. 

                        E você ali, imaginando retomar o seu rumo, viver outra vida ( aparentemente ), pede para quem divide a casa com você, atender a porta, ou, simplesmente a pessoa atende antes de você.

                            E dá de cara com as suas contas penduradas com a vida, o quê essa pessoa verá anotado alí ?

As redes sociais, a internet, o celular que filma, grava, fotografa, tudo isso aproximou pessoas, registrou momentos, conversas, será que todos sempre com consentimento ?

                             Fingir deixar aquela vida, se ainda mantém laços, conversas, ou se arruma pensando no que verão, só torna-se mais uma anotação na caderneta daquela vendinha.

                                Não entendeu a vendinha ?

                                Se não entendeu, sinto muito, mas certamente a conta será impagável lá adiante.

                              A vida expõe nas prateleiras várias opções, quem vai pegar o que deseja é você, e como bem sabemos, nem sempre o que é mais gostoso, é saudável, que vida você deseja lá na frente ?


____________________ 

O presente texto, foi realmente um presente, fruto de uma conversa de horas com alguém que não via a anos, e que rendeu tudo o que foi escrito, conversamos, e em conjunto notamos algo, que isso tudo é mais comum do que se imagina, infelizmente. Na vida não existem santos ou demônios, mas sim opções, escolhas, e claro, as contas que vem com estas.

Me vi nos olhos marejados dela quando me contou como foi quando a vida cobrou, e principalmente, como foi quando tentou resgatar por várias vezes aquilo que abandonou lá atrás, e que foi muito mais difícil reconquistar aquele momento, porque ele não volta sem marcas, cicatrizes, e sem "pé atrás", mas confessou que foi muito libertador, e que apesar de ser muito difícil, admite que nenhum esforço será pesado o suficiente, perto do que veio na conta da vida. ( E fiquei feliz pois cheguei a conhecer o companheiro dela, sim, companheiro, alguém que voltou a estar ao seu lado, apesar de todas as ressalves mais do que compreensíveis, pois ambos tinham uma história, e ela por um momento de egoísmo, jogou fora, ambos se amam, mas ela confessou que ele não demonstra mais a mesma confiança, e exige reiteradas demonstrações de lealdade e honestidade, mas que ela não pensa duas vezes ou se sente ofendida, e expõe tudo sempre, porque ela sabe o que perdeu, e viu que lá adiante não haveria nem sombra de uma vida com amor e carinho verdadeiros, me disse que mostra, expõe, responde qualquer questionamento dele, e mesmo que num primeiro momento pareça ofensiva a desconfiança, ela depois se sente aliviada e leve... como a vida deveria ser) (NÃO ESTÁ CULTIVANDO UMA DÍVIDA COM A VIDA)

 Uma amiga que considero porque quando a vi entrar nesta vida, não pensei em "tirar uma casquinha", em consideração ao que ela era quando a conhecí, e por saber, por ter aprendido sob várias formas, que eu não poderia estar na prateleira das escolhas equivocadas (é muito ruim ouvir de alguém ou descobrir, que alguém pensa que ter estado com você, foi um erro), isso não seria justo com ela, nem tampouco comigo, pois sei bem como é.

 Posso ter vários defeitos (sim e são muitos), mas jamais me aproximaria de uma mulher que estivesse descontente com o relacionamento dela, e até desabafando à respeito comigo ( e até acredito que esse tipo de desabafo que abre brechas, já seja de caso pensado na esmagadora maioria das vezes, como termina pode corroborar essa minha visão), pensando que alí haveria uma "brecha", mesmo que fosse certa a conquista, pois isso falaria mais à respeito do meu caráter, do que do dela.

Cada vez mais acredito que a vida é cíclica, ela resgata situações que vão testar o nosso aprendizado, a nossa evolução pelo caminho, passando pelas mesmas opções entre as prateleiras, e a vida ali observando quando nos demorarmos suspirando e pensando novamente "porquê não ?", ou olhando para o outro lado e buscando aquilo que no passado foi deixado por não ser mais... opção.

Agradeço a esta amiga, que leu o texto, reconheceu que saiu de nossa conversa, viu as imagens  e me autorizou a colocar tudo isso aqui, dizendo que era algo que gostaria de reler sempre, para cada vez mais separar a vida que leva hoje, da que jamais deveria levar.

E o melhor, ela me ligou e disse que ao ler isso, reviveu até o sentimento do momento no qual ouviu de pessoa próxima "não se culpe, você não está fazendo nada de errado, tem o direito de ser feliz, e isso não é errado", hoje ela reconhece que ouviu pessoas que mal conseguem uma relação saudável, opinando sobre a dela.

 Não posso dizer que em partes não me tocou o que ela contou, por ter vivido algo parecido, mas do outro lado da história, e posso dizer com todas as letras, que isso é capaz de destruir uma pessoa, destruir sua autoconfiança, seu amor próprio, demora, e jamais serão cicatrizes, mas sim escaras, que doem a cada movimento, sangram, doem, incomodam, e nunca te deixam relaxar e viver novamente um amor pleno, porque a pessoa que chega será sempre vista com uma desconfiança que pode ser mesmo que ela não mereça.




 Enfim...   nada é por acaso, nada que comece de maneira torta, errada, terminará do jeito certo, ou gerará bons frutos.

 Lembre-se, este texto serve tanto para homens quanto para mulheres que naquele momento crucial da vida, quando devem fazer a si mesmos a pergunta certa, partem para o... "porquê não ?" ao invés de... "eu preciso disso ?"praticamente uma determinante do futuro que esta pessoa terá, o plantio é opcional, a colheira não ?

 Piegas... ? Plante e quando for colher, verá. 


                                

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

ONDE VOCÊ ESTÁ ?

    Não adianta florear ou enfeitar demais a realidade, porque ela está aí, aquí, e estamos imersos nela.

    Tempo de praia...  ou melhor, aprendendo com os erros, acertos (raros) e observando aquilo, e quem está ao meu redor.

    Já fui aquele alguém que você encontrava na balada, na festa, no agito, em todos os lugares onde a "muvuca" estivesse presente.
    E posso dizer que as chances de encontrar um certo alguém nestes lugares, é rara, pode acontecer ? Claro, mas é raro, e na esmagadora maioria dos casos que eu pude testemunhar, não foram relacionamentos que duraram muito.
   Porque na balada, na festa, no agito, em público, poucos são o seu lado mais fiel a realidade.


   Você gostaria daquele alguém, para deitar na rede com você assistindo o por do sol ? Aquele alguém que te ligasse no final de uma sexta feira convidando para uma escapada, para ir a a algum lugar para vocês dois, para que fossem inteiros e não... metades ?


  Sinto em dizer, mas este alguém não vai surgir na balada, as chances de fazer a mega sena sozinho(a) são maiores, acredite, ou... sinta na pele.

  Lembre-se ( e esta frase vai acompanhar você até o final do texto )... 
                         " PLANTAR É OPCIONAL, COLHER NÃO ".

  Sabe quando você vai aprender isso ?

  Quando chegar naquele ponto, no qual o "insight" vem de uma cena simples, de alguém ali sentado(a) na areia da praia, assistindo o por do sol, em silêncio.

   Quem veio da "balada" com você, senta ali para curar a ressaca, curtir a noite até o último minuto, mas já pensando no próximo final de noite, ou naquilo que vai "ganhar" te acompanhando até ali.
   E esse alguém estará na balada novamente em breve.

   Imagine-se ali, sentado(a) na areia, ou na varanda olhando para longe, ouvindo os ruidos e sons do seu próprio silêncio, e de repente olha para o lado e vê a mesma cena em outro alguém.

   Sabe o que é isso ?

   É o encontro de dois inteiros, de duas pessoas que viveram o que era preciso viver para chegar até ali, e valorizar o silêncio ensurdecedor de quem não precisa de palavras para mostrar a que veio.

  Percebe que são duas pessoas no mesmo ritmo, sintonia, na mesma... "vibe" ?

   Certamente são duas pessoas que não trarão o passado como lastro para pesar e deixar a relação arrastando-se, mas trarão sim... bagagem.

   Serão dois inteiros somando,evoluindo juntos, e não precisando completar-se desperdiçando energia e tempo.

    "Ah! Mas eu prefiro alguém que viva no mesmo agito que eu, que goste das mesmas coisas que eu! ".

    É exatamente sobre isso o texto, sobre ir para o agito, a muvuca, e depois querer aqueles momentos mágicos à dois, tentando "desacelerar" para poder observar algo que só quem realmente vê...   enxerga.

   Tenho visto atitudes tão equivocadas, pessoas que imaginam ser possível encontrar um certo alguém, só em determinados meios, ou se a pessoa compartilhar dos mesmos gostos, é o "moldar-se", aceitar o que vier,e depois decepcionar-se por deixar de ser a novidade local.
   
  Ah, mas a pessoa admirando o por do sol buscando outra assim, é a mesma coisa ".

  Será ?

  Se ela estava li sozinha, não precisava da aprovação do bando, da turma, de um nicho, não precisava de um carimbo social de "relacionando-se".


  Compreendeu o valor da própria companhia,e com isso não aceitava mais estar mal acompanhado(a).

  Curtir a vida adoidado, tem seu preço, criar uma história na "vibe" errada, custará caro lá na frente, porque quem amadureceu para um relacionamento, não comprará qualquer...  estória.

  Aquilo que você faz, diz, mostra...   é parte (muitas vezes negativa) de quem você é para muitos,  parte da sua história para alguns, e algo que te fez inteiro(a) para um certo alguém.

  Lembre-se, "TEMPO E DISTÂNCIA NÃO SEPARAM DUAS PESSOAS QUE MERECEM O ENCONTRO OU REENCONTRO, MAS AS PREPARAM PARA O MOMENTO CERTO".

  E quem decide o momento ? Certamente não somos nós.

  Não adianta querer criar o momento, forçar o momento, ele vem, e aí só quem aprendeu a ler o caminho revendo as lições do passado,compreende.

  Texto confuso ? Vamos simplificar então.

  Não é sobre ser parceiro de balada, churrasco, festa, ou de admirar o por do sol, não é a "atitude" mas sim a "VIBE".
 É a sintonia, de estar no mesmo momento.

  Já sei... a questão é "como saber se é o mesmo momento ?"

  A... "vibe" de não sentir falta de reviver o passado, ou manter a pegada do passado, porque seja lá o que tiver acontecido lá que merece ser revisitado reiteradamente, jamais ocorrerá de novo, pois ficou lá no passado.
 
 O tempo não pára.

 A vibe de lembrar com carinho dos bons momentos, mas não de precisar recriá-los para sentir aquela alegria.

 Lembra daquele ditado... "AMOR DE PRAIA NÃO SOBE A SERRA", ou... "AMOR DE CARNAVAL ACABA NA QUARTA FEIRE DE CINZAS" ?

 Pois é, não surgiram do nada, e como eu disse lá no começo, as chances de estarem totalmente erradas estas duas frases, é raríssima, mas quando acontece, é admirável, merece aplausos e respeito, porque foi um encontro de maturidades, independente da idade.

 E aí... vem a pergunta título do texto.

 ONDE VOCÊ ESTÁ ?

 Olhe para o lado, eu sempre olho, mais valem dois olhares de quem admirava o por do sol na própria companhia, do que o olhar entre vários olhares, trocado na balada, na muvuca, até porque lá, mal ouve-se o próprio pensar, foco naquilo que realmente merece ser visto e enxergado então...

 Onde você está ? 

 Antes de ser "apedrejado", vamos lá.

 O seu por do sol, pode estar na mesa de uma cafeteria, no balcão de uma padaria, andando pelos corredores de um shopping, caminhando na praça, ou até dentro do carro parado no semáforo... mas não na balada, sabe porquê ? 

 A tal... "VIBE".

 Se entendeu, fico feliz, se ainda não entendeu... bem, boa sorte na balada.


 
  
 
    

sábado, 6 de maio de 2023

NÃO ALIMENTE AS HIENAS...

E hoje, você não é mais tão requisitado(a). Porquê será ? É muito fácil ser popular em meio aos fúteis ou despreparados para reconhecer uma amizade, um ato abnegado, feito de boa vontade, mas... na verdade, os "malandros" reconhecem isso sim. 

  Puxe pela memória, sempre que precisaram de carona, acesso a algo ou alguém, ou então que alguém levasse para o churrasco aquilo que esqueceram, churrasco este que você não havia sido convidado e aí é o velho... " Vem pra cá... tá todo mundo aquí, e se você puder passar em tal lugar,traga isso, aquilo, depois te damos o dinheiro".

Para quem está levando numa boa, isso tudo torna-se pequeno, mas depois de um tempo, quando você começa a observar atos e atitudes, fica tudo cada vez mais claro.

 E não importa, se você esteve presente de mão estendida até nos piores momentos, quem não merecia isso, jamais reconhecerá o gesto por mais abnegado (como disse antes) que seja. Esse tipo de pessoa "entenderá" que não fez mais do que a sua "obrigação". 

 Mas obrigação meu amigo, você tem com a cartilha enquanto ela lhe serve também, aprendidas as lições, evolua, passe a próxima fase,e deixe a cartilha ali no banco para quem vier e precisar passar pelas lições que você aprendeu,e se está concordando comigo até aquí, compreendeu.


Complicado ? Ou... amargo, azedo, indigesto ? Pois é. Outro dia me peguei pensando nisso, e coloquei tudo em uma tabela mental, separando as pessoas por distanciamento.

 Quem fala comigo,e com que intervalo de tempo. Meses, anos... em alguns casos até uma decada já. Alguns relevo por saber que apesar do tempo e distância, merecem meu respeito pelo que representaram na minha história, seja porque moram fora do país, ou até mesmo em outro estado ou cidade. 

 Mas outros, que poderiam bater à minha porta a qualquer momento, e não o fazem, ou até mesmo passam reto por mim na rua, estes já vejo como as hienas no zoo, do outro lado da cerca, sorriem pra tudo, fazem barulho em suas vidas, e vivem buscando a próxima "carcaça" uma vez alimentados, sempre mostram os dentes.

 Vivem para o que os outros esperam ver.

 Uma lição que fica depois das cartilhas que a vida vai trazendo, é a da justiça, sempre retratei com justiça aqueles que em algum momento, fizeram parte da minha história, seja para o bem, ou para o mal, todos tiveram um propósito. 

 E são... passado. Como sempre vou resgatar um bordão meu de tempos atrás. 

 Campanha contra a hipocrisia, participe! " SE NÃO SOU INTERESSANTE PARA VOCÊ EM DETERMINADO CONTEXTO, FAÇA-ME UM FAVOR E CONTINUE NÃO ME ACHANDO INTERESSANTE EM CONTEXTO ALGUM, POIS ME ESFORÇAREI PARA FACILITAR A SUA TAREFA " (R.MARQUES) 

 Pegue sua borracha verde, apague tudo o que foi anotado na cartilha, pode até deixar algo mais ou menos mal apagado ( talvez sirva de sinalização a alguém, como é a ideia deste texto, aliás, de todos os meus textos ) como um aviso do tipo... cuidado com o dedinho na quina traiçoeira alí ! (vai que alguém lê e tira algo de bom, um dedinho salvo já é uma vitória, lembre-se, evoluir e compartilhar não são sinônimos, mas seguem no mesmo caminho, na mesma direção. Passou a borracha ? Agora deixe no banco e siga em frente... quem vem chegando a vida a encontrará, aprenderá com ela ? Quem sabe ? Afinal isso é opcional certo ? Se a deixar no banco à partir daqui, então já aprendeu o que era preciso para seguir em frente.

 Rogério Marques... na trilha.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

QUER NAMORAR COMIGO... ?

    Nossa, que pergunta estranha, parece em desuso, parece que ficou lá atrás, em um tempo que verdadeiramente, não volta mais.

    Parece que ficou naquele tempo de escola, quando a coragem para ir ao cinema e encontrar-se com a menina mais bonita da escola ( ao menos aos olhos do apaixonado ), era um evento que corações fracos não aguentariam.

   Era uma época de aprender na raça, sem tutorial.

    Aqueles momentos esperando em frente ao cinema, o medo de levar um "bolo", ver os pais deixando a menina e as amigas ali na calçada, e você de repente quase morrendo engasgado com aquela bala assassina (soft), brincadeira, mas que uma caixa de Mentex era devorada rapidinho na ansiedade ah... isso era.

    Sentar ao lado durante o filme era algo apoteótico, você não sabia se via o filme, se olhava para ela, se oferecia bala, se pegava na mão, se conversava (porque poderia atrapalhar o filme), eita desespero dos 12... 13 anos em uma época de uns poucos canais na tv.

    E as "brincadeiras" na casa de algum amigo, aquelas festinhas dançantes na garagem, alí na hora da música lenta, separávamos os homens dos meninos, quem teria aquela coragem equivalente a saltar na Normandia no dia D, atravessando aqueles poucos metros e convidando uma das meninas para dançar.

    Quem tinha essa coragem, ficava famoso da noite para o dia... era "o cara", no dia seguinte ao acordar teria aproximadamente 1,80m e não mais 1,20m.

   Mas se levasse um "toco" (modernizando a linguagem) tomava aquele porre de Guaraná Champagne (putz... nem tem mais isso no rótulo), que com muita sorte algum amigo teria batizado com aquele run de minigarrafinhas que pegou na coleção do pai. 

   Era uma época simples, de coisas simples, diversões simples (tá, algumas coisas eu ainda imagino que deram certo devido a sorte, aquelas peripécias que ninguém contava em casa... nunca... jamais... ), sempre tem aquele dia de pensar... "nossa, como sobrevivemos a adolescência ?

   E aí tinha a famigerada festa junina, você fugia dos caras da 8ª série para não ser pego e ficar a festa toda na cadeia, tá certo que eu, modéstia à parte era meio Steve MacQueen, e sempre escapava, ou arrumava uma encrenca, mas no final tudo dava certo.

   E passava a menina do correio elegante, aquela cesta e você alí com seus amigos esperando parar no grupinho, e claro, viajando na maionese e em todo vinho quente e quentão que conseguimos tomar escondido, todos ansiosos para ver quem receberia algo.

   Cri cri cri...     

   Tempo bom, de sair com os amigos de bicicleta pela cidade, participar dos jogos da primavera ( quando escolas de todo estado compareciam), eu ainda dava sorte porque tinha amizade com o pessoal mais velho, e acabava fazendo amizade com as meninas que desfilavam na disputa de Rainha dos Jogos da Primavera, para os outros da minha idade eu era quase um Hugh Hefner (rindo alto aquí).
                                              Eu e meu cabelo... fácil.

   E aí vem a primeira namorada, e olha...  perguntar "quer namorar comigo ?" fazia engolir seco, parecia que estava engasgando com uma bola de tênis, suava da sola dos pés a nuca!
   Por sorte, a menina na época já havia falado para uma amiga em comum que queria (meio caminho andado, só faltava chegar na beiradinha e pular), e era aquele evento, de repente você não tinha mais 13 anos... era um "veterano", entrava no roll de estudantes descolados, isso lá em 1983... 1984, era como sair na capa da revista como um dos caras mais sexys do planeta (rindo alto aquí de novo... mas era bem esse o sentimento), você passava e ouvia... "ele namora", isso era quase como ouvir... "ele é maior de idade".  

     E assim, amores iam e vinham, mas era simples, não era "pegação", e no fundo, nem ficávamos tão preocupados com isso, aqueles amigos parceiros de academia na adolescência, os bailes de carnaval (ahhhh os bailes de carnaval, com minha camisa florida, pulando na piscina no baile pré carnaval, depois fugindo dos seguranças do clube para não ser suspenso e poder pular carnaval depois... ), Baile da primavera, Baile da Arara Vermelha, Baile do Azul e Branco, Baile do Hawai... no interior o que não faltava era baile.


    Depois hora de comparecer a junta militar e alistar-se... novos amigos, irmãos (que estão espalhados mundo afora, e pelo interior... abraço Gallo), amizades que trago até hoje, forjada nos exercícios realizados alí no páteo no asfalto quente, na marcha, no calo deixado pelo fuzil apoiado na clavícula, muita risada, tempo de sangue, suor e lágrimas.

   Decada de 80... tempo bom, músicas boas, aliás...  difícil encontrar atualmente algo com aquela qualidade.

   Shows que eu fui sem preocupação alguma, mesmo com 15... 16 anos (Sting, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso, Made in Brazil, Korzus... dentre outros), lembro de um show em sampa, 1989, Parque Antarctica, show do A-ha, fui com um amigo que considero irmão (abraço Enrico), e que hoje vive na Holanda, viajamos sem pedir autorização no quartel, fomos para sampa, assistimos o show e voltamos, ainda na época minha irmã e uma amiga dela foram junto.

   E aquelas presepadas do tipo... "vamos lá que ela disse que só vai se eu levar um amigo, porque ela tem uma amiga...", que você só descobriria quem era na hora (literalmente o encontro as cegas).

  Brincávamos com pólvora quando eramos crianças(nem me perguntem, mas comprávamos numa boa e na quantidade que quiséssemos), nos bailes do clube comprávamos martinis e cerveja numa boa mesmo sendo menores de idade, eletrônica, radio amador, brigas de turma, sem turma, comer lanche de madrugada naqueles carrinhos que faziam hamburger, não havia o volume de informações que essa molecada tem hoje, e sobrevivemos à isso.

  Nossa... lembrei do meu primeiro porre.

  Eu tinha uns... 14 anos, cerveja e menta verde... já me embrulhou tudo aquí só de pensar, só sei que cheguei em casa, não coseguia abrir a porta, devia ser mais de 4 horas da manhã, final de baile, lembro que meu pai abriu a porta, olhou pra mim e perguntou... "você bebeu é ?".
  Só lembro que botei tudo pra fora... e no pé dele!
  Estava tão passado já, que entrei e fui dormir, nem ouvi o sermão... só a pergunta "o quê é isso ?", lembro de ter dito... "acho que é uma fanta quente que me fez mal...", e ele respondendo (enquanto eu ia pra cama) "Fanta? Verde? Com cheiro de menta? Tá pensando que eu não conheço?"

   Sobrevivi...  .

   Tanta coisa que ficou lá atrás e aquí... dentro.

    Meus avós, minha bisavó, tios e tias, primos e primas, minha mãe (capaz de segurar barras e broncas que fariam o Capitão Nascimento querer mudar de sexo por não ter metade da coragem e abnegação dela), meu pai...   meus irmãos.

    Engraçado como a vida chega até onde estamos, ainda que pareça que ela ficou lá atrás.

   Ela nos alcança.

    E de tempos em tempos sentimos aqueles medos e inseguranças, equivalentes a coragem que era necessária para atravessar a garagem em uns poucos passos, e perguntar... "quer dançar ?", ou então o auge da ausência de medo diante de casamatas, campo minado, arame farpado, tiro pra todo lado, olhares fuzilantes e tatear no escuro buscando o branco dos olhos para perguntar... quer namorar comigo ? 

   Outros tempos. (quem sabe ainda despejo aquí mais algumas lembranças)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

CARTAS SOBRE A MESA...

  Quando foi que você recebeu, ou escreveu uma carta, de próprio punho pela última vez ?
  Não se lembra ? Nunca recebeu ? Já nasceu e cresceu no meio digital ?
 Ou... lembrou agora da alegria de ter em mãos uma carta endereçada a você, aquela que você esperou ansiosamente, trazendo notícias, respostas, novidades, relatando o cotidiano de quem lhe era caro.



 A carta era um acontecimento, era de uma simplicidade complexa, era um exercício de resiliência aguardar a sua chegada... ou não.

 Não é como hoje, que o e-mail, a mensagem de texto, o caminho absurdamente rápido massageia e prepara para o jogo, a depressão, a ansiedade da falta de resposta imediata.

 Já pensou em escrever uma carta para quem está aí ao seu lado ? Sim, para esta pessoa que pode estar sentanda agora no mesmo sofá que você, com os olhos literalmente grudados na tela da tevê ou do celular.

 Já que pequenos espaços hoje em dia podem significar grandes distâncias, então reduza-as voltando ao básisco, a carta.

 A carta é um carinho, é um "importar-se" de verdade, é um bem querer.

Não é brega não...  é simples, é direta, é mágica.

Escreva e envie uma carta sem dizer nada, apenas envie, ainda que seja para o seu endereço, deixe as palavras fluírem.

Tire dúvidas, questione, reafirme.

Se estiver vivendo um momento conturbado com alguém, coloque alí, na simplicidade do papel, aquilo que te incomoda.

Declare-se.



A carta tem a magia de recontar momentos sob novos olhares, à cada releitura uma descoberta, um novo entendimento.

Você a lê hoje... e compreende de uma maneira, relê novamente daquí a alguns anos e tudo parecerá diferente, porque estará vivendo um momento diferente,e porque já haverá a soma de experiências novas, e tudo muda.

A carta pode ser lá adiante, a resposta quando você se olhar no espelho, pensando... onde se perdeu.

A carta é real, ela não te deixa na mão quando falta energia elétrica, ou sinal.

Ela é palpável, e dependendo do conteúdo, é como segurar a mão de alguém enquanto lê.

Pense nisso, afinal, porquê não ?

Escreva uma carta, ainda que seja para você, questionando-se, aconselhando-se, olhando-se de fora.

Você consegue.