domingo, 6 de abril de 2025

FALTA DE AMOR PRÓPRIO.

      Tema tenso não é ?

      Muito mais do que podem imaginar, e conversando com uma psicóloga que conheço, e que as vezes debate comigo meus textos, chegamos a um denominador comum (infelizmente para algumas pessoas).

        Sabe quando no meio da conversa começa aquele papo puxado para o profissional, e colocando na mesa situações que estão cada vez mais corriqueiras ? Uma delas foi o problema que as mulheres tem enfrentado para conseguirem relacionamentos duradouros ou que valham à pena, e aí um assunto puxa o outro, e o que surge é a "falta de amor próprio", que ela usou para resgatar um texto antigo meu, onde digo que amor próprio não é egoísmo.

      E um ponto em comum as mulheres que tem problemas para manter um relacionamento saudável, é o estilo de vida, que levam ou que já levaram, e que por isso podem estar marcadas internamente, ou pior, socialmente.

        Imagine uma mulher bonita, bem sucedida, independente, com uma carreira estável, mas que curtiu demais a vida, principalmente no ambiente de trabalho (engraçado como sempre cai nisso), e que passados os anos, não tem um relacionamento estável, e começa a ver "graça" em qualquer um que  elogie um pouco, qualquer um que se aproxime com mais tato, e logo termina onde terminaram tantos outros, na cama.

         Segundo essa psicóloga, uma das bases da falta de amor próprio, é a insegurança, por isso geralmente são mulheres focadas no corpo, em não perder o viço da juventude, em continuarem atraentes, sexys, precisam que os caras mexam com elas na rua, que se aproximem, precisam sempre desse tipo de validação, são pessoas que não conseguem manter um relacionamento duradouro de verdade, normalmente depois de um tempo, explodem por nada, começam a encontrar problemas onde realmente não há, e entram um uma espiral de destruição da relação, de maneira inconsciente,não o fazem porque querem fazer isso, por prazer, mas porque vem de problemas estruturais internos mesmo.


             E quando chegam neste ponto, são capazes de dizer e até fazer coisas totalmente insanas, absurdas, sem o menor receio de magoar o outro, dizem aquilo que sabem que irá ferir, colocam o outro como responsável pela tristeza que sentem, mas que confundem com revolta, e aí vem a pior parte, a imaturidade para relacionamentos, porque ser sexy,gostosa, boa de cama qualquer uma consegue ser (mas muitas precisam sentir que os outros as veem assim, apenas quem está com elas não basta) , mas entender que um relacionamento é mais do que isso, e que exige uma certa manutenção, que demanda maturidade para não contaminar a relação com bobagens e coisas negativas que só causarão dor, sofrimento, e custarão tempo, e o tempo é algo precioso na relação, sim, precioso.

           Se a pessoa não tem muito tempo para estar com a outra, que respire fundo e dê ao tempo que tem em conjunto, qualidade, leveza, é preciso saber deixar porta afora, frustrações e negatividades que não vem da relação, e que por isso, não merecem espaço ou tempo desta.

           Conversa vai, conversa vem,  e chegamos a um ponto em comum novamente, até para quem está trazendo involuntariemente suas frustrações para a relação, esse respirar fundo e fechar a porta na cara daquilo que não deve contaminar a relação, é benéfico, e começa a virar a chave que acende a luz da placa do lado de fora de tempos em tempos, onde se lê " O próximo por favor".

              É uma conduta autodestrutiva, e que com o tempo mina, elimina, destroi as chances de construir uma base para um amor maduro e duradouro.

                 Essa psicologa comentou ( sem citar nomes claro) que já pegou paciente que teve inúmeros parceiros ao longo dos anos, até morou com alguns, mas no final esfriava, e ela começava a ver que não era para ela,e logo sabotava a relação esfriando, tornando-se agressiva, agindo sem paciência e buscando defeitos no outro o tempo todo, como se quisesse motivos para não estar mais ali. E segundo ela me contou, isso é praticamente involuntário, a pessoa não percebe, e choca-se quando descobre que tudo isso é fruto da falta da amor próprio, sim, fruto da necessidade de validação porque quer para si, aquilo que imagina que os outros tenham e que seja perfeito. 

                 É essa falta de amor próprio que destroi a pessoa, que destroi familias, amizades, e até o trabalho, porque a necessidade de validação, a falta de amor próprio e a imaturidade ( maturidade independe de idade que fique claro), colocam a pessoa num ciclo vicioso, onde o que é mais fácil para sentir o ego afagado, está no sexo.



                      Muitas pacientes segundo essa conhecida, começaram a notar isso depois de muito tempo sozinhas, depois de aprenderem a viver na solitude, e a diferenciar isso de solidão, quando conseguiram sair do ciclo de sexo fácil, sexo pelo sexo, de satisfazer os desejos e sentir-se desejada, e que quando saem verdadeiramente disso, acabam ficando chocadas com o que veem olhando para trás,e infelizmente acabam vendo tanbém algo que construíram, e que é uma realidade, a fama, e isso empurra qualquer pessoa para a depressão, porque terá o choque de realidade mostrando que não era uma mulher virtuosa, desejável para casar, mas apenas para... usar.

                  Algumas ainda descobrem que aqueles caras legais, sensíveis, prestativos, comprensivos e que sabiam chegar no ponto de dizer "não se preocupe, somos adultos, fica entre nós, e não vai estragar a amizade", repassaram aos colegas, amigos e estes para amigos, e assim por diante, print de conversas, audios, e se deram azar, videos, ou até print de tela de Tinder, Badoo, e aí percebem que realmente um relacionamento sério, com alguém que realmente a veja como uma mulher e não um pedaço de carne,  e claro, as que evoluíram, que amadureceram, que conseguiram cultivar um pouco a solitude, certamente perceberam que depois do primeiro experimento na área, o assédio cresceu, o fã clube cresceu, e todos sabiam o que dizer, e como dizer, porque as dicas vieram de alguém, e quem garante que o colega de trabalho, o ex colega de faculdade, o cara do Tinder na mesma cidade, não repassou para esse cara da academia agora que te a acha maravilhosa, especial, "para casar", ou que o cara que de repente pediu para te seguir do nada e que sabe sempre o que dizer e como dizer, pode não ter o amigo em comum que ela imagina, pois talvez seja o amigo, do amigo, do amigo...  e claro, a mulher que amadureceu, sabe que nenhum deles se questionado vai admitir que "cantaram a bola", não existe mulher que tenha chegado neste ponto e que seja tão ingênua.



             E tudo isso, fruto da insegurança e da falta de amor próprio, que fica escondida debaixo de atitudes tão liberais e bizarras, que ocorrem para demonstrar independência, modernidade, mas que no fundo, são apenas recursos imaturos para lidar com o que não conseguem ver sozinhas, a insegurança e a falta de amor próprio.

                E segundo a pessoa que trabalha com isso, não ter/procurar ajuda para compreender e assimilar isso, pode jogar a  pessoa em uma depressão fatal.

                 Conversamos ainda por algumas horas, é sempre bom quando encontramos alguém que tenha uma visão profissional, e que abra ainda mais os nossos horizontes, até porque aquilo que você aprende, ninguém tira de você.



                  Pois é, amor próprio não é ser egoísta, egoísmo é não saber ser ou não ser a pessoa inteira, integra e que preserva-se que o outro merece, principalmente se é o que oferece, claro, quem procura amor no Tinder e afins, não pode realmente esperar encontrar algo...   mas uma hora cresce e pelo que notei na conversa, cresce pela dor, infelizmente.  

                 E você que leu tudo isso, conhece alguém assim ? Conhece alguém que caiu assim na vida ? 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

NÃO SIGNIFICOU NADA... (SERÁ ?)

    É...  até eu já ouvi isso, e posso dizer, quando vem esse papo de que "não significou nada", melhor nem dizer o que penso mesmo ou que tipo de comparação faço.

    Ontem, quinta feira, 4 de abril de 2025, recebi uma mensagem de um amigo que não vejo à tempos, aliás a alguns anos, e conversa vai, conversa vem, ele comentou que havia se separado já (novidade para mim), e lembrou dos papos que rolavam em uma roda de amigos ( sim, nós homens vamos muito além do obvio,pelomenos os de verdade e não os moleques ), e disse que lendo meus textos, achou que poderia "trocar uma ideia comigo à respeito de um assunto complicado".

    Conheceu uma mulher, pouco mais nova do que ele, rolou uma identificação logo de cara, muita empatia, muitos gostos em comum, e ele como é um cara cético como eu, ficou sim mexido, mas com um pé atrás, afinal, quem chegou nos "enta" à mais de uma decada, não apressa nada, não age como adolescente apaixonado, porque sabe o quanto custa uma paixão sem maturidade, principalmente no quesito... emocional.



       Conversaram muito, ela muito madura (aparentemente) um "mulherão" nesse quesito,sabia bem o que queria, mas logo demonstrou um desejo de se declarar, de assumir algo, isso em menos de um mês de conversas, e claro, ele deveria mudar muita coisa na vida dele, adequar-se ao que ela julgava ser o certo, e tudo mais. Ele tentou levar devagar, porque ainda precisavam se conhecer mais, mas ele já estava sentindo-se em uma relação,e respeitando como tal.

             Mas ela achou que isso não era suficiente e retirou-se de cena, claro, antes quis dar uma lição de moral nele, e tudo mais, mas tudo bem, faz parte da interação entre adultos, e ele ficou chocado, afinal ela tão madura e reservada, uma mulher que não era para qualquer um, entrou em contato com ele depois de um mês aproximadamente, retomando contato, primeiro de maneira tímida, depois tentando retomar a conversa à respeito de tudo o que havia em comum entre ambos, enfim, aquela velha máxima do... "oi sumido".

           Como todo homem que já passou por isso, que teve sim suas desilusões amorosas, ele foi educado, simpático,mas não entrou muito na retomada de onde haviam parado, e foi aí que veio a confissão com tom de... "olha o prêmio que você ganhou!", bem no estilo... "na disputa você é o melhor,e olha que prêmio hein!".



                  Traduzindo... " PASSEI UNS DIAS DORMINDO COM OUTRO CARA, MAS DECIDI QUE É MELHOR FICAR COM VOCÊ... MAS LAVEI, TÁ NOVA VIU ? OLHA QUE HONRA, AGORA É A SUA VEZ!"

                Deixei bem claro isso para ele, e deixei mais claro ainda que ele foi o que sobrou, ela dizia que amava ele, mas rapidinho foi dormir uns dias com outro cara, certamente o cara não é bobo nem nada, usou e logo perdeu o interesse, e aí ela resolveu que ele poderia ser o "papa resto".

                   Desculpem o linguajar, mas já passei por isso ao menos três vezes na vida, e digo, logo cria-se uma certa aversão a esse papinho, e quando uma "mulher" age assim, no máximo ela recebe em troca muita frieza, ou melhor, menos interesse do que certamente ela gostaria, afinal, quem é desfrutável como diria a minha avó, não pode achar ruim se for tratada assim certo ? Não sou o cara mais moderninho em muitas coisas,e nisso principalmente, tenho a mente aberta para muita coisa, mas algumas atitudes estão ligadas principalmente a respeito, a não tentar fazer ninguém de trouxa.

                  Conversamos por algum tempo (na verdade cerca de 2 horas no telefone ), outra hora marcamos um café, mas fiquei pensando em quantas vezes isso ocorreu, eu já ouvi de uma pessoa que decidiu que precisava de espaço,e que não explicou que era espaço em outras camas, que mal daria para contar nos dedos das mãos, e que de repente ressurgiu, mas para mim isso não funciona, serei bem sincero, e podem até me chamar de machista, mas saiu, rodou muito e quer ser tradada como alguém que merece o respeito que tinha antes ? Ou melhor, nem se deu ao respeito, e quando vem com o papinho "todo homem faz isso o tempo todo", concordo em partes, mas para quem sabe que não precisa fazer número como eu, não conta muito, ou seja, eu não sou todo mundo,e pelo que conheço e ouvi desse conhecido, ele também não, por isso ficou chocado com o retorno.

                Uma pessoa que não se respeita, logo se expõe, logo mostra a que veio, e aí, não há encantamento que resista a verdade.

                Palavras duras, mas você mulher que leu até aqui e ficou com ódio, raiva de mim e da minha opinião, imagine-se na situação inversa.

               " Acho que não dará certo entre nós... porque você não muda como quero... " e o cara sai, dorme com uma e outra,e volta "oi sumida", e diz que transou com outra mas não era como você, e que decidiu que é você que ele quer, e que não significou nada. Seja sincera, que futuro tem uma relação assim?

                    Infelizmente não existe relacionamento perfeito, ninguém quer migalha emocional, e se não quer isso, porque aceitar sobras da carne que foi fraca ?


 

quarta-feira, 26 de março de 2025

DOIS LOBOS.

       Todos temos dentro de nós, dois lobos, dois lados, dois espiritos.

       E oferecemos aos outros aquilo que alimentam, libertam, cultivam, "cativam".

       Sempre ofereço o meu melhor, até que fique claro, que a reciproca não é verdadeira, aí passo a oferecer aquilo que a pessoa deseja, de acordo com o que oferece.

      



Qual você vai alimentar ?

         Eu procuro ser justo, e tratar todos com a mesma justiça e deferência que dispensam a mim, mas espero sempre o mesmo em troca.

          Sim, admito que sou muito reativo, combativo,rude, as vezes aspero mesmo, mas é algo meu que vem à tona quando percebo que estou abrindo mão de mim mesmo.

         Já levei muitos tombos, lidei com pessoas narcisistas, manipuladoras, e fui reduzindo a minha tolerância ao que me desagrada. Sempre agi com justiça em relação as pessoas, nunca coloquei ninguém como "não confiável até prova em contrário", então não recebo bem esse tipo de atitude em relação a mim, porque não "sacaneio", mas entendo que para quem chega agora, quem não me conhece bem, é complicado compreender isso, ainda mais se a pessoa chega com traumas e medos também, e aí a minha reação pode complicar mesmo, longe de ser algo ligado ao ego, é aquela coisa ruim que só quem sofreu uma injustiça, sabe, conhece.

         E acabo ligando o F... literalmente, claro, sei que pode ser uma relação desmedida, mas é minha e para saber só estando na minha pele.

         Podem confundir com ego inflado, egoísmo, etc...   mas na verdade, é a minha reação natural e muito honesta.

         Lido mal com imposições, "ordens", exigências que ponham em xeque a minha conduta, como se a não aceitação das regras significasse que não jogo limpo ou que estou suscetível a tentações de fazer "M" como qualquer um, e como eu sei que não sou qualquer um (até porque não me interesso por qualquer pessoa), acabo reagindo com... uma certa ferocidade admito.

        Mas, aprendo claro, as vezes me arrependo, e sigo em frente, mudar eu mudo, admito que preciso de "atualizações", mas sempre no meu ritmo, velocidade, sem ser empurrado.

       Coisa de gente das cavernas.

       É um dos efeitos colaterais da solitude, se fosse da solidão seria desespero e submissão, mas sendo efeito colateral da solitude, é aquele sentimento de autopreservação, na verdade amor próprio, e amor próprio não é egoísmo.

       Vida que segue, nada é por acaso, e a vida cuida de preparar os esbarrões, os encontros e desencontros, ou reencontros, vai que vem de outras vidas, almas, chamas gêmeas (aprendi à respeito à pouco tempo).

      E sigo pensando... "qual dos lobos estão alimentando ?" quando  a vida promove encontros e desencontros.   

     Como todo lobo que vive sem alcatéia, que vive só, que caminha só, qualquer aproximação precisa ser cuidadosa, pensada, equilibrada, que me desculpem aqueles incapazes de compreender isso, mas uma coisa eu garanto, quem alimentar o lobo certo, terá sua lealdade e defesa mais ferozes sempre.

     A solitude tem dessas coisas, ficamos mais duros, as vezes parecemos insensíveis, complicado, mas... é assumir os efeitos colaterais disso,e seguir em frente.

     Aos que cruzaram meu caminho e viram meu lado mais combativo, sem que merecessem isso, peço desculpas, aprendendo sempre.

    
   


domingo, 9 de março de 2025

GATILHOS...

   Todos nós temos gatilhos que disparam sensações boas ou ruins, e as vezes aquela "rajada"de sensações boas, ruins, estranhas, algo realmente de enlouquecer.

   Conhecí uma pessoa muito especial, interessante mesmo, e olha que para dizer isso, quem me conhece sabe como é difícil.

   Um encontro de almas e de karmas mesmo...  acho que esta seria a melhor definição.

   Mas cada um chegou com seus gatilhos, seus traumas, suas experiências boas ou ruins, e é aí que mora o problema.

  Por mais que a conversa possa fluir, ser deliciosa, por mais que surjam afinidades e semelhanças assustadoras, de ideias, pensamentos, sentimentos, os gatilhos estão ali, onde não podemos ver, mas que podem ser alcançados por uma palavra, um silêncio ou um gesto.

  Todos carregamos traumas sim, não adianta dizer que sabemos lidar com isso, que a maturidade garante, pois nem sempre é assim.

  Eu posso dizer que já vivi um relacionamento tóxico, tenho defeitos ? Vixe !

  Mas viver um relacionamento, onde você é culpado até prova em contrário, enquanto a outra pessoa é perfeita até prova em contrário (e por isso digna de imposições, falar o que pensa, não precisar medir  palavras, e poder fazer comentários cruéis , isso me deixou com gatilhos bem leves, em uma arma sem trava de segurança ).

  De repente me vejo diante de alguém que me fez resgatar um velho post meu...  



...complicado, quando é nítido que a pessoa tem seus traumas, também comeu o pão que o diabo amassou, e que criou uma redoma, um escudo, uma proteção que aplica rigidamente a si e a quem se aproxima.

  E aí vem a vida (ah... a vida) e coloca duas almas armadas, com gatilhos leves frente a frente, com semelhanças, pensamentos, ideias e sentimentos assustadoramente parecidos, mas eis que eu disparo um gatilho lá, com um gatilho que foi disparado... cá.

 Pois é, foi um tiroteio de cegos,e no escuro depois de muitas voltas ao redor de si mesmo, acho que ficamos tontos demais com a velocidade na hora de reconhecermos essa chama gêmea.

 O meu dispara quando me deparo com regras, determinações, exigências, condições para amar, para gostar, para chegar e permanecer, acho que vivi demais sob regras que eram moralmente rigidas para mim, mas cruelmente maleáveis para a outra pessoa na relação.

 Ou seja, faça o que eu mando, determino, exijo... mas não faça o que eu faço.

 Eu sou assim, e se não for assim também, não me serve ! ( Prefiro a sombra de duas pessoas caminhando juntas do que uma só de duas pessoas que não são únicas uma para a outra, mas sim uma sombra uma da outra, e sombra todos já temos )

 E sinceramente, não me arrependo de não ter dado o troco na mesma moeda, poderia ? Sim, mas eu aprendi que quem perdeu não fui eu.

 Tive mais uma ou duas situações parecidas depois mas o gatilho foi ficando mais leve, e eu nem reparava mais se aplicavam a mim o benefício da dúvida, eu mesmo não aplicava mais, já via relacionamentos como armadilhas.

 Acabei ficando mais seco, duro, mais inflexível.

 E claro, quebro a cara, porque espero da pessoa uma maleabilidade uma compreensão que as vezes nem eu mesmo entrego.

 E se do outro lado o gatilho é leve e a pessoa tem a meleabilidade de estaca de concreto que eu tenho, fica bem difícil.



  Preciso de leveza, é preciso compreender que nem tudo é problema, sacanagem, ou tem segundas ou terceiras intenções, e que os limites naturalmente serão expostos diariamente, e a confiança que foi colocada à mesa na aposta, vai sim fortalecer-se. ( pelo menos eu prefiro acreditar nisso, pois não tenho mais 20, 30 anos... e não posso ver tudo colorido e bonitinho, mas também não quero mais viver tenso por algo que deve ser bom, leve e uma lição muito gostosa a cada dia ).

  Um texto que deixa bem cristalina a minha maneira de pensar, de ser... .

  Cuidado com os seus gatilhos, porque a arma na verdade está sempre apontada para a sua cabeça, você se detona privando a pessoa da sua presença com o seu melhor.


  A maturidade vai mostrando ao longo do caminho, o que cada um pode ir deixando pelas lixeiras, assim terão espaço para colher o que vier de bom para levarem juntos.

  Desculpem, mas não dá para ser mais... cristalino (ai ai ai). 

quarta-feira, 5 de março de 2025

ENCONTROS E DESENCONTROS...

    E agora ? O quê fazer ?

    Não há maturidade, idade, ou acumulo de experiências que preparem alguém para as provas da vida.

    Quem me conhece sabe, quem realmente me conhece sabe como eu sou, como penso, conhece a minha maneira de agir. Talvez eu seja até "parado" demais para algumas pessoas, mas respeito meu ritmo, porque se há algo que a vida me ensinou, foi que intensidade e impulsividade não são sinônimos e que de maneira alguma devem andar lado a lado.

    Resgatei velhos conceitos, ideias, misturei tudo e compreendi que apesar de todo o tempo de praia, nada prepara para o desencontro antes do verdadeiro encontro.

    Afinal, apesar de extremamente racional, sou humano também.

    Quem errou ? Difícil saber, pessoas diferentes, individuos diferentes, e reações diferentes aos gatilhos negativos que cada um traz da vida, do que vivenciou.

   


  Não existe culpado ou inocente quando o assunto é o coração, quem diz que controla as emoções, mente descaradamente, quem é verdadeiro... sente.

   É claro que ficam aquelas dúvidas à respeito do real limite do outro, pois o peso que cada um dá a determinadas situações, é algo muito pessoal, e como a pessoa receberá a as suas atitudes ainda que sem maldade ou qualquer intenção nada louvável, é difícil de determinar.


   

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

E agora ? (Áquila)

 Quem já se pegou pensando assim, com aquela... "?" na cabeça, sabe o que siginifica esta pergunta. As vezes esbarramos em situações tão inusitadas, tão inesperadas e ao mesmo tempo tão marcantes, que tudo aquilo que sempre fez sentido, de repente perde a razão de ser. 

 Como lidar com sensações, sentimentos que à muito estavam adormecidos, mas que de repente ressurgem com uma força e um vigor típicos da adolescência ?

Complicado lidar com este tipo de sentimento, de constatação, e aí vem a mente o peso dos anos, e todos os problemas que enfrentamos no momento, tudo aquilo que um adolescente atropelaria ou jogaria para o alto, sem imaginar a consequência no minuto seguinte, mas que deve pesar na balança do bom senso, onde o fiel desta, deve ser a maturidade.

 E é difícil manter a maturidade neste momento, ainda mais quando determinados sentimentos representam um renascimento, uma nova chance, um verdadeiro renascer das cinzas, mas eis que a maturidade resgata também as lições aprendidas e as crenças limitantes que outras experiências trouxeram, e usaram para te marcar como um ferro em brasa.   Mas somos "individuos", e a individualidade e a maturidade de cada um nos torna únicos, apenas os imaturos refletem o caráter do bando, que é difuso e coletivo, ou seja, quem reflete o que a maioria faz, é apenas mais um, mais uma. 

E sinceramente, não desejo para mim,mais do mesmo. E você ? Nada é por acaso, já reproduzi aqui situações que chegaram até mim por relatos, e situações que vivi, e as transformei neste bate papo que sempre esperei servir de sinalização, de baliza para o caminho, mas cada um faz o seu caminho, ouvir quando alguém diz "cuidado, ali tem um buraco" diz mais sobre quem dá de ombros ao alerta, do que se imagina, mas na vida tudo é valido, e vivenciar o que é preciso faz parte, e constrói a maturidade de cada um, aprender é obrigatório, mas compreender a lição aprendida é opcional. 

 Um dia, um comentário, um elogio a um trabalho bem feito, que encanta, e começa uma conversa despretenciosa, e de repente, não mais que de repente ( e ainda nem sei como ), começa uma conversa descontraída, e que mostra-se interessante, muito interessante. Sem imaginar algo adiante, sem projetar nada, de maneira realmente despretenciosa, e senti liberdade para conversar abertamente com essa pessoa. Deste ponto em diante, houve uma aceleração absurda, já precisei reler as conversas para entender o que aconteceu até aqui, e como tudo repentinamente tomou uma proporção absurda, impensável para alguém tão cético, e seletivo como eu. Revi conversas, e me espantei com conceitos, ideias e valores se não iguais, muito parecidos, assustadoramente parecidos. 

Mas como é inerente a mim, mantenho um pé atrás, não porque essa pessoa não transmita confiança, mas porque (creio eu) a pessoa do outro lado desta situação inusitada, também traz suas ressalvas, traumas, marcas e meios de defender-se. Sim, estou só à tanto tempo, sem preocupar-me em buscar alguém, em buscar uma relação, que me assustei quando vi do outro lado, um reflexo meu, a minha versão feminina das ideias e conceitos, e lembrei de algo que sempre disse, se eu for me arriscar em uma relação, que a pessoa ofereça o mesmo que eu oferecerei, o meu melhor. 

 Situação complicada, por tempo e distância, que aos poucos vamos encurtando, trabalhando, e mapeando para que deixem de ser empecilho e tornem-se um caminho para ambos. Por enquanto, lembra muito um filme da decada de oitenta, "O feitiço de Áquila" ( com Rudger Hauer , Michelle Pfiffer e Mathew Broderick), sempre juntos mas eternamente separados, dia e noite os separam, mas... tudo tem jeito certo pessoal ?

 As vezes a melhor explicação vem de um clichê da sessão da tarde.

 E vem a incerteza de que esse alguém compreenda, que talvez não estejamos chegando a esse ponto convergente, descomplicados, sem entraves, sem obstáculos pessoais, pois tudo deve ser considerado para que na possibilidade de um futuro, não fiquem armadilhas recorrentes pelo caminho.


 Agora a navegação muda, a falta de ventos me obriga a descer para a galé e remar ( ainda que sozinho ), para vencer tempo e distância, muda a velocidade, e mudam os conceitos, tudo devido a necessidade de viver algo que parece perfeito, afinal, quem sabe ?  

 É como navegar por aí, sem rumo, e de repente encontrar um mapa em uma garrafa boiando no oceano descrevendo um paraiso, e apostar na existência deste paraiso. Afinal, de onde saiu, como surgiu, quem é ? Como pode haver tanta identificação com alguém que nunca sentou frente a frente comigo para uma conversa ? Inúmeras perguntas, diversas variáveis, mas uma certeza, nada é por acaso, e eu creio sim que nada seja por acaso, se for para ser mais uma lição, que seja recebida e vivida com maturidade de ambas as partes, e agora... ? Quais serão as cenas dos próximos capítulos ? Veremos.

 Mas que me encanta...     encanta. (e quem me conhece sabe como isso não é fácil )

segunda-feira, 29 de abril de 2024

NÃO LEVE TRAUMAS, LEVE LIÇÕES.

     Afinal, você leva traumas ou lições ?

            Sabe o que diferencia a evolução, o crescimento, da estagnação ?

            Reconhecer as lições.

            Tenho encontrado ( infelizmente ) muitas pessoas interessantes, mas     que "vivem" bloqueadas por traumas, por desilusões, situações consideradas desfavoráveis, e de repente me pego pensando, no tempo que estas pessoas perdem ao colocarem todos na mesma balança.

            Oportunidade de amizades novas, trabalhos, e claro, aquele amor que tira o fôlego.

            A vida é um risco, relacionar-se sob qualquer forma também o é !



            Sair de casa apresenta riscos, aos quais todos estamos sujeitos, e as relações também, e de repente ali, no cantinho surge uma opção, mas você dá as costas, se fecha, impõe barreiras.

            É aí que "o bicho pega".

            É aí que o tempo passa, e a oportunidade também.

            Pessoas que viveram traumas e conseguiram transformá-los em lições, não perdem mais tempo, não dão "murro em ponta de faca", simplesmente... vivem.



            E se você que tem medo de arriscar, que não conseguiu aprender a visualizar e transformar os sinais do passado em lições, acabar cruzando com alguém que aprendeu a fazê-lo, pode perder a oportunidade de viver algo bom, com uma pessoa inteira. ( e pessoas inteiras seguem em movimento positivo, para a frente, não perdem mais tempo, e isso não é egoísmo, é amor próprio )


            Afinal, o que você merece ? O quê você deseja ? O quê você espera de alguém que entre na sua vida ? (como amizade, parceria de trabalho ou amor)


           Tempo e distância não separam duas pessoas que devem se encontrar ou reencontrar, mas as preparam para o momento certo, porém, se o momento certo for desperdição, lembre-se, NADA É POR ACASO, O ACASO É RESULTADO DO SEU DESCASO, PRESTE ATENÇÃO OS SINAIS.

           Olhe para os lados, não foque apenas no futuro, olhando lá adiante e planejando, projetando, porque o que vai propiciar a chegada, é o caminho, é ele que agrega valor a chegada, e não o contrário.

           É o olhar para trás, e realmente ver o que tem de valor na vida, o que produziu, o que conquistou, você pode estar no topo já, talvez não tão alto quanto gostaria ou poderia, mas você teve sim as suas conquistas,e hoje olhando-se no espelho, voc~e consegue pensar e pesar o que deixou para trás ? Ou o que está deixando para trás ? Situações e pessoas.

          E talvez você não consiga ainda diferenciar, mas os processos de aprendizado e as pessoas tem seu peso, e se observar com mais cuidado, verá que existem pessoas que sempre estiveram alí, mesmo quando você as desprezou ou simplesmente passou o olhar sobre elas, como se não as quisesse ver,e em muitos casos, você verá que mesmo as tratando assim, estas seguem embarcadas nesse trem com você, e dependendo da situação, um dia você poderá olhar pela janela na partida, levará aquele susto, e verá que a pessoa não está mais no mesmo vagão que você, mas que desembarcou, porque encontrou aquilo que merecia e não teve.

             Aprender que a vida segue... pode ser doloroso, mas é parte da evolução.

            Não fique confortável porque hoje consegue o que quer com pouco esforço, é exatamente por isso que nenhuma conquista "fácil" se manteve.  

            Ainda não aprendeu que a projeção é a mãe da decepção ?

            Texto curto, rapido, apenas para deixar no ar a pergunta: " VOCÊ ESTÁ LEVANDO BAGAGEM OU LASTRO ?


sexta-feira, 6 de outubro de 2023

ONDE VOCÊ ESTÁ ?

    Não adianta florear ou enfeitar demais a realidade, porque ela está aí, aquí, e estamos imersos nela.

    Tempo de praia...  ou melhor, aprendendo com os erros, acertos (raros) e observando aquilo, e quem está ao meu redor.

    Já fui aquele alguém que você encontrava na balada, na festa, no agito, em todos os lugares onde a "muvuca" estivesse presente.
    E posso dizer que as chances de encontrar um certo alguém nestes lugares, é rara, pode acontecer ? Claro, mas é raro, e na esmagadora maioria dos casos que eu pude testemunhar, não foram relacionamentos que duraram muito.
   Porque na balada, na festa, no agito, em público, poucos são o seu lado mais fiel a realidade.


   Você gostaria daquele alguém, para deitar na rede com você assistindo o por do sol ? Aquele alguém que te ligasse no final de uma sexta feira convidando para uma escapada, para ir a a algum lugar para vocês dois, para que fossem inteiros e não... metades ?


  Sinto em dizer, mas este alguém não vai surgir na balada, as chances de fazer a mega sena sozinho(a) são maiores, acredite, ou... sinta na pele.

  Lembre-se ( e esta frase vai acompanhar você até o final do texto )... 
                         " PLANTAR É OPCIONAL, COLHER NÃO ".

  Sabe quando você vai aprender isso ?

  Quando chegar naquele ponto, no qual o "insight" vem de uma cena simples, de alguém ali sentado(a) na areia da praia, assistindo o por do sol, em silêncio.

   Quem veio da "balada" com você, senta ali para curar a ressaca, curtir a noite até o último minuto, mas já pensando no próximo final de noite, ou naquilo que vai "ganhar" te acompanhando até ali.
   E esse alguém estará na balada novamente em breve.

   Imagine-se ali, sentado(a) na areia, ou na varanda olhando para longe, ouvindo os ruidos e sons do seu próprio silêncio, e de repente olha para o lado e vê a mesma cena em outro alguém.

   Sabe o que é isso ?

   É o encontro de dois inteiros, de duas pessoas que viveram o que era preciso viver para chegar até ali, e valorizar o silêncio ensurdecedor de quem não precisa de palavras para mostrar a que veio.

  Percebe que são duas pessoas no mesmo ritmo, sintonia, na mesma... "vibe" ?

   Certamente são duas pessoas que não trarão o passado como lastro para pesar e deixar a relação arrastando-se, mas trarão sim... bagagem.

   Serão dois inteiros somando,evoluindo juntos, e não precisando completar-se desperdiçando energia e tempo.

    "Ah! Mas eu prefiro alguém que viva no mesmo agito que eu, que goste das mesmas coisas que eu! ".

    É exatamente sobre isso o texto, sobre ir para o agito, a muvuca, e depois querer aqueles momentos mágicos à dois, tentando "desacelerar" para poder observar algo que só quem realmente vê...   enxerga.

   Tenho visto atitudes tão equivocadas, pessoas que imaginam ser possível encontrar um certo alguém, só em determinados meios, ou se a pessoa compartilhar dos mesmos gostos, é o "moldar-se", aceitar o que vier,e depois decepcionar-se por deixar de ser a novidade local.
   
  Ah, mas a pessoa admirando o por do sol buscando outra assim, é a mesma coisa ".

  Será ?

  Se ela estava li sozinha, não precisava da aprovação do bando, da turma, de um nicho, não precisava de um carimbo social de "relacionando-se".


  Compreendeu o valor da própria companhia,e com isso não aceitava mais estar mal acompanhado(a).

  Curtir a vida adoidado, tem seu preço, criar uma história na "vibe" errada, custará caro lá na frente, porque quem amadureceu para um relacionamento, não comprará qualquer...  estória.

  Aquilo que você faz, diz, mostra...   é parte (muitas vezes negativa) de quem você é para muitos,  parte da sua história para alguns, e algo que te fez inteiro(a) para um certo alguém.

  Lembre-se, "TEMPO E DISTÂNCIA NÃO SEPARAM DUAS PESSOAS QUE MERECEM O ENCONTRO OU REENCONTRO, MAS AS PREPARAM PARA O MOMENTO CERTO".

  E quem decide o momento ? Certamente não somos nós.

  Não adianta querer criar o momento, forçar o momento, ele vem, e aí só quem aprendeu a ler o caminho revendo as lições do passado,compreende.

  Texto confuso ? Vamos simplificar então.

  Não é sobre ser parceiro de balada, churrasco, festa, ou de admirar o por do sol, não é a "atitude" mas sim a "VIBE".
 É a sintonia, de estar no mesmo momento.

  Já sei... a questão é "como saber se é o mesmo momento ?"

  A... "vibe" de não sentir falta de reviver o passado, ou manter a pegada do passado, porque seja lá o que tiver acontecido lá que merece ser revisitado reiteradamente, jamais ocorrerá de novo, pois ficou lá no passado.
 
 O tempo não pára.

 A vibe de lembrar com carinho dos bons momentos, mas não de precisar recriá-los para sentir aquela alegria.

 Lembra daquele ditado... "AMOR DE PRAIA NÃO SOBE A SERRA", ou... "AMOR DE CARNAVAL ACABA NA QUARTA FEIRE DE CINZAS" ?

 Pois é, não surgiram do nada, e como eu disse lá no começo, as chances de estarem totalmente erradas estas duas frases, é raríssima, mas quando acontece, é admirável, merece aplausos e respeito, porque foi um encontro de maturidades, independente da idade.

 E aí... vem a pergunta título do texto.

 ONDE VOCÊ ESTÁ ?

 Olhe para o lado, eu sempre olho, mais valem dois olhares de quem admirava o por do sol na própria companhia, do que o olhar entre vários olhares, trocado na balada, na muvuca, até porque lá, mal ouve-se o próprio pensar, foco naquilo que realmente merece ser visto e enxergado então...

 Onde você está ? 

 Antes de ser "apedrejado", vamos lá.

 O seu por do sol, pode estar na mesa de uma cafeteria, no balcão de uma padaria, andando pelos corredores de um shopping, caminhando na praça, ou até dentro do carro parado no semáforo... mas não na balada, sabe porquê ? 

 A tal... "VIBE".

 Se entendeu, fico feliz, se ainda não entendeu... bem, boa sorte na balada.


 
  
 
    

sábado, 6 de maio de 2023

NÃO ALIMENTE AS HIENAS...

E hoje, você não é mais tão requisitado(a). Porquê será ? É muito fácil ser popular em meio aos fúteis ou despreparados para reconhecer uma amizade, um ato abnegado, feito de boa vontade, mas... na verdade, os "malandros" reconhecem isso sim. 

  Puxe pela memória, sempre que precisaram de carona, acesso a algo ou alguém, ou então que alguém levasse para o churrasco aquilo que esqueceram, churrasco este que você não havia sido convidado e aí é o velho... " Vem pra cá... tá todo mundo aquí, e se você puder passar em tal lugar,traga isso, aquilo, depois te damos o dinheiro".

Para quem está levando numa boa, isso tudo torna-se pequeno, mas depois de um tempo, quando você começa a observar atos e atitudes, fica tudo cada vez mais claro.

 E não importa, se você esteve presente de mão estendida até nos piores momentos, quem não merecia isso, jamais reconhecerá o gesto por mais abnegado (como disse antes) que seja. Esse tipo de pessoa "entenderá" que não fez mais do que a sua "obrigação". 

 Mas obrigação meu amigo, você tem com a cartilha enquanto ela lhe serve também, aprendidas as lições, evolua, passe a próxima fase,e deixe a cartilha ali no banco para quem vier e precisar passar pelas lições que você aprendeu,e se está concordando comigo até aquí, compreendeu.


Complicado ? Ou... amargo, azedo, indigesto ? Pois é. Outro dia me peguei pensando nisso, e coloquei tudo em uma tabela mental, separando as pessoas por distanciamento.

 Quem fala comigo,e com que intervalo de tempo. Meses, anos... em alguns casos até uma decada já. Alguns relevo por saber que apesar do tempo e distância, merecem meu respeito pelo que representaram na minha história, seja porque moram fora do país, ou até mesmo em outro estado ou cidade. 

 Mas outros, que poderiam bater à minha porta a qualquer momento, e não o fazem, ou até mesmo passam reto por mim na rua, estes já vejo como as hienas no zoo, do outro lado da cerca, sorriem pra tudo, fazem barulho em suas vidas, e vivem buscando a próxima "carcaça" uma vez alimentados, sempre mostram os dentes.

 Vivem para o que os outros esperam ver.

 Uma lição que fica depois das cartilhas que a vida vai trazendo, é a da justiça, sempre retratei com justiça aqueles que em algum momento, fizeram parte da minha história, seja para o bem, ou para o mal, todos tiveram um propósito. 

 E são... passado. Como sempre vou resgatar um bordão meu de tempos atrás. 

 Campanha contra a hipocrisia, participe! " SE NÃO SOU INTERESSANTE PARA VOCÊ EM DETERMINADO CONTEXTO, FAÇA-ME UM FAVOR E CONTINUE NÃO ME ACHANDO INTERESSANTE EM CONTEXTO ALGUM, POIS ME ESFORÇAREI PARA FACILITAR A SUA TAREFA " (R.MARQUES) 

 Pegue sua borracha verde, apague tudo o que foi anotado na cartilha, pode até deixar algo mais ou menos mal apagado ( talvez sirva de sinalização a alguém, como é a ideia deste texto, aliás, de todos os meus textos ) como um aviso do tipo... cuidado com o dedinho na quina traiçoeira alí ! (vai que alguém lê e tira algo de bom, um dedinho salvo já é uma vitória, lembre-se, evoluir e compartilhar não são sinônimos, mas seguem no mesmo caminho, na mesma direção. Passou a borracha ? Agora deixe no banco e siga em frente... quem vem chegando a vida a encontrará, aprenderá com ela ? Quem sabe ? Afinal isso é opcional certo ? Se a deixar no banco à partir daqui, então já aprendeu o que era preciso para seguir em frente.

 Rogério Marques... na trilha.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

QUER NAMORAR COMIGO... ?

    Nossa, que pergunta estranha, parece em desuso, parece que ficou lá atrás, em um tempo que verdadeiramente, não volta mais.

    Parece que ficou naquele tempo de escola, quando a coragem para ir ao cinema e encontrar-se com a menina mais bonita da escola ( ao menos aos olhos do apaixonado ), era um evento que corações fracos não aguentariam.

   Era uma época de aprender na raça, sem tutorial.

    Aqueles momentos esperando em frente ao cinema, o medo de levar um "bolo", ver os pais deixando a menina e as amigas ali na calçada, e você de repente quase morrendo engasgado com aquela bala assassina (soft), brincadeira, mas que uma caixa de Mentex era devorada rapidinho na ansiedade ah... isso era.

    Sentar ao lado durante o filme era algo apoteótico, você não sabia se via o filme, se olhava para ela, se oferecia bala, se pegava na mão, se conversava (porque poderia atrapalhar o filme), eita desespero dos 12... 13 anos em uma época de uns poucos canais na tv.

    E as "brincadeiras" na casa de algum amigo, aquelas festinhas dançantes na garagem, alí na hora da música lenta, separávamos os homens dos meninos, quem teria aquela coragem equivalente a saltar na Normandia no dia D, atravessando aqueles poucos metros e convidando uma das meninas para dançar.

    Quem tinha essa coragem, ficava famoso da noite para o dia... era "o cara", no dia seguinte ao acordar teria aproximadamente 1,80m e não mais 1,20m.

   Mas se levasse um "toco" (modernizando a linguagem) tomava aquele porre de Guaraná Champagne (putz... nem tem mais isso no rótulo), que com muita sorte algum amigo teria batizado com aquele run de minigarrafinhas que pegou na coleção do pai. 

   Era uma época simples, de coisas simples, diversões simples (tá, algumas coisas eu ainda imagino que deram certo devido a sorte, aquelas peripécias que ninguém contava em casa... nunca... jamais... ), sempre tem aquele dia de pensar... "nossa, como sobrevivemos a adolescência ?

   E aí tinha a famigerada festa junina, você fugia dos caras da 8ª série para não ser pego e ficar a festa toda na cadeia, tá certo que eu, modéstia à parte era meio Steve MacQueen, e sempre escapava, ou arrumava uma encrenca, mas no final tudo dava certo.

   E passava a menina do correio elegante, aquela cesta e você alí com seus amigos esperando parar no grupinho, e claro, viajando na maionese e em todo vinho quente e quentão que conseguimos tomar escondido, todos ansiosos para ver quem receberia algo.

   Cri cri cri...     

   Tempo bom, de sair com os amigos de bicicleta pela cidade, participar dos jogos da primavera ( quando escolas de todo estado compareciam), eu ainda dava sorte porque tinha amizade com o pessoal mais velho, e acabava fazendo amizade com as meninas que desfilavam na disputa de Rainha dos Jogos da Primavera, para os outros da minha idade eu era quase um Hugh Hefner (rindo alto aquí).
                                              Eu e meu cabelo... fácil.

   E aí vem a primeira namorada, e olha...  perguntar "quer namorar comigo ?" fazia engolir seco, parecia que estava engasgando com uma bola de tênis, suava da sola dos pés a nuca!
   Por sorte, a menina na época já havia falado para uma amiga em comum que queria (meio caminho andado, só faltava chegar na beiradinha e pular), e era aquele evento, de repente você não tinha mais 13 anos... era um "veterano", entrava no roll de estudantes descolados, isso lá em 1983... 1984, era como sair na capa da revista como um dos caras mais sexys do planeta (rindo alto aquí de novo... mas era bem esse o sentimento), você passava e ouvia... "ele namora", isso era quase como ouvir... "ele é maior de idade".  

     E assim, amores iam e vinham, mas era simples, não era "pegação", e no fundo, nem ficávamos tão preocupados com isso, aqueles amigos parceiros de academia na adolescência, os bailes de carnaval (ahhhh os bailes de carnaval, com minha camisa florida, pulando na piscina no baile pré carnaval, depois fugindo dos seguranças do clube para não ser suspenso e poder pular carnaval depois... ), Baile da primavera, Baile da Arara Vermelha, Baile do Azul e Branco, Baile do Hawai... no interior o que não faltava era baile.


    Depois hora de comparecer a junta militar e alistar-se... novos amigos, irmãos (que estão espalhados mundo afora, e pelo interior... abraço Gallo), amizades que trago até hoje, forjada nos exercícios realizados alí no páteo no asfalto quente, na marcha, no calo deixado pelo fuzil apoiado na clavícula, muita risada, tempo de sangue, suor e lágrimas.

   Decada de 80... tempo bom, músicas boas, aliás...  difícil encontrar atualmente algo com aquela qualidade.

   Shows que eu fui sem preocupação alguma, mesmo com 15... 16 anos (Sting, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso, Made in Brazil, Korzus... dentre outros), lembro de um show em sampa, 1989, Parque Antarctica, show do A-ha, fui com um amigo que considero irmão (abraço Enrico), e que hoje vive na Holanda, viajamos sem pedir autorização no quartel, fomos para sampa, assistimos o show e voltamos, ainda na época minha irmã e uma amiga dela foram junto.

   E aquelas presepadas do tipo... "vamos lá que ela disse que só vai se eu levar um amigo, porque ela tem uma amiga...", que você só descobriria quem era na hora (literalmente o encontro as cegas).

  Brincávamos com pólvora quando eramos crianças(nem me perguntem, mas comprávamos numa boa e na quantidade que quiséssemos), nos bailes do clube comprávamos martinis e cerveja numa boa mesmo sendo menores de idade, eletrônica, radio amador, brigas de turma, sem turma, comer lanche de madrugada naqueles carrinhos que faziam hamburger, não havia o volume de informações que essa molecada tem hoje, e sobrevivemos à isso.

  Nossa... lembrei do meu primeiro porre.

  Eu tinha uns... 14 anos, cerveja e menta verde... já me embrulhou tudo aquí só de pensar, só sei que cheguei em casa, não coseguia abrir a porta, devia ser mais de 4 horas da manhã, final de baile, lembro que meu pai abriu a porta, olhou pra mim e perguntou... "você bebeu é ?".
  Só lembro que botei tudo pra fora... e no pé dele!
  Estava tão passado já, que entrei e fui dormir, nem ouvi o sermão... só a pergunta "o quê é isso ?", lembro de ter dito... "acho que é uma fanta quente que me fez mal...", e ele respondendo (enquanto eu ia pra cama) "Fanta? Verde? Com cheiro de menta? Tá pensando que eu não conheço?"

   Sobrevivi...  .

   Tanta coisa que ficou lá atrás e aquí... dentro.

    Meus avós, minha bisavó, tios e tias, primos e primas, minha mãe (capaz de segurar barras e broncas que fariam o Capitão Nascimento querer mudar de sexo por não ter metade da coragem e abnegação dela), meu pai...   meus irmãos.

    Engraçado como a vida chega até onde estamos, ainda que pareça que ela ficou lá atrás.

   Ela nos alcança.

    E de tempos em tempos sentimos aqueles medos e inseguranças, equivalentes a coragem que era necessária para atravessar a garagem em uns poucos passos, e perguntar... "quer dançar ?", ou então o auge da ausência de medo diante de casamatas, campo minado, arame farpado, tiro pra todo lado, olhares fuzilantes e tatear no escuro buscando o branco dos olhos para perguntar... quer namorar comigo ? 

   Outros tempos. (quem sabe ainda despejo aquí mais algumas lembranças)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

CARTAS SOBRE A MESA...

  Quando foi que você recebeu, ou escreveu uma carta, de próprio punho pela última vez ?
  Não se lembra ? Nunca recebeu ? Já nasceu e cresceu no meio digital ?
 Ou... lembrou agora da alegria de ter em mãos uma carta endereçada a você, aquela que você esperou ansiosamente, trazendo notícias, respostas, novidades, relatando o cotidiano de quem lhe era caro.



 A carta era um acontecimento, era de uma simplicidade complexa, era um exercício de resiliência aguardar a sua chegada... ou não.

 Não é como hoje, que o e-mail, a mensagem de texto, o caminho absurdamente rápido massageia e prepara para o jogo, a depressão, a ansiedade da falta de resposta imediata.

 Já pensou em escrever uma carta para quem está aí ao seu lado ? Sim, para esta pessoa que pode estar sentanda agora no mesmo sofá que você, com os olhos literalmente grudados na tela da tevê ou do celular.

 Já que pequenos espaços hoje em dia podem significar grandes distâncias, então reduza-as voltando ao básisco, a carta.

 A carta é um carinho, é um "importar-se" de verdade, é um bem querer.

Não é brega não...  é simples, é direta, é mágica.

Escreva e envie uma carta sem dizer nada, apenas envie, ainda que seja para o seu endereço, deixe as palavras fluírem.

Tire dúvidas, questione, reafirme.

Se estiver vivendo um momento conturbado com alguém, coloque alí, na simplicidade do papel, aquilo que te incomoda.

Declare-se.



A carta tem a magia de recontar momentos sob novos olhares, à cada releitura uma descoberta, um novo entendimento.

Você a lê hoje... e compreende de uma maneira, relê novamente daquí a alguns anos e tudo parecerá diferente, porque estará vivendo um momento diferente,e porque já haverá a soma de experiências novas, e tudo muda.

A carta pode ser lá adiante, a resposta quando você se olhar no espelho, pensando... onde se perdeu.

A carta é real, ela não te deixa na mão quando falta energia elétrica, ou sinal.

Ela é palpável, e dependendo do conteúdo, é como segurar a mão de alguém enquanto lê.

Pense nisso, afinal, porquê não ?

Escreva uma carta, ainda que seja para você, questionando-se, aconselhando-se, olhando-se de fora.

Você consegue.

sábado, 16 de janeiro de 2021

EMPODERAMENTO OU RETROCESSO ?

     Retomando a escrita,e certamente já comprando uma bela briga.

  Como se isso fosse novidade para mim, principalmente falando de relacionamentos, comportamento, situações cotidianas, etc...

     Não sei, talvez eu esteja ficando velho mesmo, ou então, talvez eu esteja de olhos bem abertos e enxergando algo que os outros parecem "providencialmente" ignorar.

       Fazendo uso de uma nova rede social,( que imaginei ser algo mais light pois até a minha filha usa ) com aquelas dancinhas e tudo mais, comecei a perceber uma onda crescente de erotização sem precedentes, e uma exposição de intimidades disfarçada de modernidade ( será mesmo modernidade? ), expondo relatos de experiências sexuais, que me fizeram pensar em tudo aquilo que as mulheres dizem ter conquistado.

      Não sei se sou antiquado demais, mas eu aprendi ( e tento repassar isso sempre para os meus filhos ) que a pessoa (seja homem ou mulher) que se dá ao respeito como diria minha avó, é sim vista de outra maneira na sociedade.

      Machismo ou realismo ?

      Eu já acho determinadas letras de funk, constrangedoras, sendo homem e ouvindo como colocam a mulher na sociedade, seu papel, como eles veem a mulher. Será que o tal "empoderamento" não morre aí ?

      Vi meninas de vinte e poucos anos, gravando seus "relatos" de experiências sexuais com mais de um parceiro ao mesmo tempo, ou deixando claro que o negócio é pegação sem compromisso mesmo, que dão "aquele show" na cama, ou então, imagem em academia de alguém supostamente mostrando exercícios, mas nitidamente exibindo partes íntimas ao exercitar-se com uma calça que ao esticar fica transparente.

            E pergunto a você, mulher, que sabe o quanto custa cada conquista na sociedade, afinal, essa pessoa está passando uma imagem sexy ou vulgar ? Essa pessoa, está expondo-se em busca de mais... "likes" à qualquer custo, sem imaginar que a próxima jura de amor que receber pode ser pela sua "raba" como dizem, e não pela pessoa que ela vai tentar mostrar que realmente é quando for tarde demais ?



           Que tipos elas atrairão ? Lá adiante, quando encontrarem alguém que as veja como devem ser vistas, que as respeitem como devem ser respeitadas (são filhas, irmãs, mães de alguém ) como isso será afetado, caso essa pessoa especial para elas, de repente, encontre essas "mensagens" nem tão subliminares que ela deixou tempos atrás para o público ? ( Nem sempre os opostos se atraem, na verdade os opostos se distraem, os dispostos sim se atraem, mas para isso é preciso saber se ou outro está disposto a passar por cima de tudo, pense nisso )                            



               Sou machista ? Não, mas sempre fui mais "low profile", eu acho que se estou com uma mulher bonita, sensual, sexy, que chama a atenção pela maneira como se porta, pela personalidade que me atraiu, não vou querer que ela mude, que seja uma "carola" da noite para o dia, mas eu acho que o respeito é via de mão dupla em todos os sentidos, devemos nos respeitar, para deixar claro o limite para o outro, sempre.

                O sexy acontece entre quatro paredes, na intimidade do casal, nas provocações, cochichos no ouvido, olhares trocados... o vulgar acontece em público, propositalmente para que todos vejam, ouçam, imaginem. (Quem quer viver no imaginário de uma só pessoa, está em uma relação, quem gosta de saber que está no imaginário de várias pessoas, está em uma "pegação").

               A mulher de verdade, sabe que é bem diferente o conceito social, a maneira como a sociedade vê homens e mulheres, tem noção disso, e conquista a sociedade por saber exatamente onde está a tênue linha que separa o vulgar...   do sexy.

              Na sociedade, o "homem" que fica com várias na mesma noite, é "garanhão", a mulher que fica com vários é "galinha". Mas que tal pensar pelo lado racional disso tudo ? Vamos atropelar esses conceitos com a lógica e a razão ?

                O "garanhão" só serve para reproduzir e pagar pensão... e a mulher considerada "galinha" é o que resta ao garanhão lá na frente, serão os quarentões, cinquentões, sessentões agindo como adolescentes disfarçados de  "empoderados".

                    Ambos devem respeitar-se, tanto homens quanto mulheres.

                   Expôr desejos, situações íntimas, fazer insinuações de cunho sexual nas redes sociais para angariar seguidores, me faz deixar outra série de perguntas no ar; os fãs estão seguindo a "raba", ou as ideias ? Qual a qualidade de quem se aproxima de um jeito ou de outro ? Quantos se aproximam com pretensa "sensibilidade", para ver se é tudo isso mesmo ? É mais difícil lá na frente identificar quem se aproxima pelas razões certas como reflexo do que expõe hoje, ou tanto faz ? Será ?

                   O que tenho visto, é um show de retrocessos, para mulheres que seriam extremamente atraentes, verdadeiramente magnéticas em qualquer local apenas pela presença, pelo olhar, mas que vem à público e matam essa percepção inicial, ao contarem sorrindo suas experiências sexuais, ou mostrarem em disputa com meninas muitas vezes impúberes e inconsequentes, que conseguem ser " a raba do funk ".

                       Na vida real, à dois, quem vai ficar vivendo esse papel de sensual, sexy, ou vulgar o tempo todo ?

                         Aquela noite preparada, de surpresas, brincadeiras, é tempero, não é vida real, na vida real, você chegar na cozinha, dar de cara com ela vestindo uma camiseta surrada, um moletom daqueles de ficar em casa, cabelo preso, cara de sono... e ainda assim sorrir e pensar "é ela", não tem preço.

                             E para você mulher é a mesma coisa, o cara do tanquinho, vai deixar você literalmente no tanquinho, esfregando as cuecas dele, o que tem valor é o que vivem a dois, e quando digo vida a dois, ela ocorre mesmo em meio a multidão, porque ainda que o barulho seja intenso e a poluição visual absurda, o único foco que ambos terão, será o dispensado a quem no apagar das luzes estiver alí, dividindo cobertas e contas no final do mês.

                          A vida chega diariamente cheia de opções e decisões, é a corda bamba do lívre arbítrio, lembre-se, nada é por acaso.

                              Tudo aquilo que você diz, faz ou expõe hoje, retornará lá na frente (que pode ser amanhá ou daqui a dez anos) com o peso inversamente proporcional ao que você deu quando pensou... "porquê não", ao invés de... "eu preciso disso ?".

                               A rede social usada de maneira equivocada, faz com que o próprio indivíduo rotule-se, muitas vezes sem perceber isso


                                Nos veremos por aí, por aquí, quem sabe ?

      

sábado, 21 de novembro de 2020

A FILA ANDA ? OU A CARÊNCIA PERSISTE ?

                  A fila anda...   ou será a carência que segue em suas costas ?


  Hoje eu vou "cutucar" um assunto complicado, esse papo de "a fila anda", será que é a fila andando, ou montada em você, e te espetando com a espora ?

   Conheço pessoas que engatam um relacionamento em outro, de uma maneira tão simples que impressiona. 

      Carência, não há outro meio de classificar isso, afinal, como troca-se uma "paixão" por outra com tanta facilidade ? Sim, pois amor e paixão são bem distintos, bem diferentes.

      A paixão é aquela coisa mais de pele, hormonal, animal, aquele turbilhão hormonal, que atropela o bom senso, que faz surgir aquele minuto de egoísmo do ego afagado, e que libera a pergunta errada no momento criado por alguém que já "sacou" a carência.

         A paixão faz surgir a pergunta... "porquê não ?", ao invés de "eu preciso disso ?", e neste momento, que pode preceder algumas horas em um motel, banco de trás, ou qualquer outro lugar, deixa-se o amor próprio perder seu sentido.



            Quem age assim, impulsivamente, sempre tem desculpas para justificar o ato, as atitudes, e em nenhuma circunstância admitirá que foi egoísmo ou um erro.

                   E nesse egoísmo arraigado, enraizado, magoam pessoas próximas, magoam terceiros que talvez não conheçam os fatos, e acabam sempre envolvidos(as) em triângulos amorosos ancorados na maioria das vezes, na mentira, na popular... traição. (será que aqueles que conhecem essa veia da pessoa, a verão um dia como alguém, verdadeiramente digno de confiança ?  Ou a passarão adiante ou para trás, para quem vem na fila observando ? Basta imaginar que dificilmente um casamento acaba em favor de quem vem de fora... )

               São pessoas que levam ao extremo seu "show", a melhor paixão sempre será a próxima, e a que vier depois, e depois, e depois...   e o "capricho" na hora de satisfazer outra pessoa, sempre estará presente, sem ressalvas, sem pensar, simplesmente... sentindo. (isso é paixão, e quem não tem amor próprio verdadeiro, não tem propriedade para falar em amor)



                  É aí que surge a fila que anda, e no final dependendo das atitudes, dependendo de como e quanto se expõe esta pessoa, ela não estará fazendo a fila andar ( massageando cada vez mais seu ego), mas sim sendo "passada" pela fila.

                   E deixo para você que está lendo isso, que certamente conhece alguém que "entrega-se" assim, pessoas que agem assim, quantas estão realmente envolvidas em um relacionamento sério ? Verdadeiro ?Honesto ?

                   Raros os casos de relacionamento duradouro, pois o ego massageado, sempre deixará a porta aberta para imaginar que o próximo será melhor.

                     E eis que surgem os termos "empoderada", "independente", "emancipada", "moderna"...       sim, usualmente acompanhados da explicação moderna, de que "se homens podem satisfazer seus desejos, poquê eu não posso ?".

                        Claro que pode, mas... se é pelo desejo, pelo "tesão", ao menos saiba preservar-se, evite ser "empoderada" em seu meio social, onde trabalha, se é pelo tesão mesmo, contrate um profissional, ou mantenha uma boa distância dos seus círculos mais íntimos, pois quem vê de fora, quem vem de fora pensando na casquinha que irá tirar, vê o seu meio mais íntimo (talvez sua família) como um ambiente... liberal.



                             E certamente ninguém tem esse direito, ninguém tem o direito de agir assim, colocando mesmo em risco aqueles que deveriam lhe ser caros.

                       Sim, todo esse questionamento tem base sim, baseado em conversas, em observações, como sempre. ( e sem endereço certo, pois apesar de parecer algo tão direcionado, é infelizmente mais comum do que se imagina, por isso parece uma carapuça com endereço certo. )

    "Ah... você não tem nada com isso, a pessoa faz o que quiser da vida dela".

           Exato, mas eu tenho a liberdade também de citar, escrever e comentar à respeito de vários assuntos que são sim um tabu, mas que se causam esse tipo de comoção, podem estar mais próximos de quem critica do que se imagina.

                   A fila anda...    que conceito mais egoísta, fútil, impregnado de uma carência absurda, capaz de fazer uma pessoa se expôr ( e aquí deixo bem claro, que existem homens carentes sim, capazes de uma exposição que os leva ao patamar do ridículo, mas que na sociedade machista na qual vivemos, acaba... "passando batido") e expôr a própria família.

                  Alguns podem dizer; "como assim, se expôr ?", e digo, que existem pessoas que para demonstrar um certo "sex appeal", para sentirem que são atraentes ( especialmente mulheres carentes ), são capazes de conversas picantes pelo telefone, insinuações, brincadeiras mais calientes, e até mesmo confissões ao vivo ou on line, de suas peripécias e preferências sexuais, de maneira indiscriminada, bastando receber elogios e afins... estas não são devoradoras de homens, mulheres decididas, mas sim... as que estão alí para proveito da fila.                                                                                    Pensamento machista ? Ou... realista ?                                                                Algumas arriscam-se no próprio ambiente de trabalho, um dos erros mais crassos e absurdos, e usualmente surgem neste ambiente alguns "romances" de ocasião, e acreditando despertar tantas paixões sinceras, seguem em sua "entrega", sem foco, inebriadas pelo excesso de opções, sem imaginar que estão "passando a bola" entre eles, compartilhando informações, ou será que são realmente tão ingênuas à ponto de em determinado momento, não notarem que as aproximações são sempre... parecidas ? O pior cego, é aquele que não quer ver.

                       Pessoas tão carentes assim, dificilmente enxergam que são "usadas", e antes de torcer o nariz para o que está lendo, pense bem, quantas pessoas agindo assim, sem amor próprio verdadeiro, estão em um relacionamento pleno ? Satisfatório ? Sincero e verdadeiro ?

                          O amor próprio não existe para dizer a plenos pulmões "não está bom eu corto...", mas sim... "eu não faço experiências com a minha vida, não fico testando, não me exponho, eu pratico o... se, preservar-se, respeitar-se, cuidar-se, amar-se ".



                         Papo machista ? Ou... realista ? Cada um assume a vida que deseja levar, mas deve ter maturidade para reconhecer as consequências de suas atitudes, seus atos e opções.

                          Você conhece alguém que deveria lêr isso ?