sábado, 23 de fevereiro de 2013

SEXY... SEXO... SEXUAL... CASUAL.... BANAL...

    Sexy... como poucas pessoas conseguem ser, estar, ficar.

    Sexo... como muitos querem, buscam, desejam, vivem.

    Sexual... como fantasia, desejo, tabu, fetiche, comportamento.

   Casual... utopia, sonho, realidade, encontro, desencontro.

   Banal... como a imagem de quem trata o sexo assim.

   O sexo pelo sexo... pelo olhar do desejo, da busca pelo prazer, da satisfação sem fim, de sentir que tudo está completo, repleto de novidades, e da busca pela saciedade sem pensar nas consequências.

   Livros que quebram tabus, revistas que desmistificam o amor e o sexo separando-os, emoldurando ambos como fetiches e necessidades nem sempre interligadas e nem sempre... interligáveis.

   Quem não gosta daquele frio na barriga, daquela aproximação, do cheiro da outra pessoa, do clima que fica no ar, da vontade de pegar, apertar, sentir o corpo próximo, a respiração... o tesão?
   Da troca de olhares, no trabalho, nas ruas, nos bares... em todos os lugares que de repente tornam-se becos sem saída para o prazer, situações em que recuar pode ser impossível, mas que no início deram a oportunidade de... não entrar.

   Nas redes sociais, nos chats, nos sites de relacionamento, na busca utópica pelo par perfeito, que pode estar ali escondendo sob o anonimato, um lobo em pele de cordeiro. O anonimato protege os fracos, os mau intencionados, e pode pregar peças nos incautos que acreditam que ali existe verdade, sinceridade, que todos os que alardeiam pertencer a classes profissionais que inspiram confiança, podem não ser nada além de predadores espertos... então o que você vê? O que você sente? O que você quer? Vale o risco?

   O sexo é bom?

   É ótimo... nem sempre está dentro de uma relação duradoura ou estável, pode sim ser casual, eventual, sem ligação material.

   O sexo... é uma interação que não tem como explicar, só como sentir, aquele roçar da pele, olhar nos olhos que se fecham nos momentos mais intensos, as bocas que não se deixam, não se distanciam... que mesmo balbuciando palavras, palavrões, se tocam, se encontram.
   Aquela respiração ofegante...  no carro os vidros que embaçam, na cama, no sofá, no chão o espaço que sempre falta, mesmo quando os dois corpos ocupam por alguns momentos, o mesmo lugar no tempo e no espaço, quando a física é contrariada junto com o bom senso... e o que se sente, é a excitação, e nem a hora e o lugar importam.

   E o risco vira tesão.

   E tudo pode começar com um simples olhar, um aperto de mão... e terminar com as roupas espalhadas pelo chão.

   E aquela pergunta louca martelando na cabeça... "como eu vim parar aqui?!" 

   E aí foi bom? mas afinal.... como começou? E depois... o que restou?

   Se foi um encontro casual, se foi o sexo pelo sexo, pela simples necessidade carnal... e se tudo isso foi resultado de um consenso, se aconteceu com alguém que sabe dividir com você estes momentos sem neuras ou julgamentos, rótulos e o risco de transformar seus momentos íntimos num carnaval... aproveite. É raro... e na maioria das vezes custa caro.

   É  a maturidade de cada um que faz isso dar certo assim, mas maturidade você só identifica e reconhece depois de algum tempo, a maturidade não é... casual.

   Mas sua simulação sim, e aí o oportunista vira ator principal e de repente você vira... celebridade, artista, e de objeto de desejo, torna-se objeto de uso sexual, banal.

   O sexo é bom demais, mas é para ser bem feito, bem pensado, e quem vai estar ali ao seu lado depois deve ser sim estudado, bem avaliado e pesado... como a vida o faz com você e com quem erra apesar de todos os sinais.

   Dá para viver sem sexo? Definitivamente... não.

   Mas dá para ter qualidade, e deixar a quantidade, para os profissionais da area ( ambos os sexos ), e para quem está descobrindo isso agora, e que vai levar muito tempo para entender que...

   ...aquela gotinha de suor descendo pelo colo dela, que a mão apertando e puxando a roupa de cama até as pontas dos dedos perderem a cor, que a respiração ofegante... o grito contido com um beijo, e aquele enroscar dos corpos, que parece suave mas de repente torna-se uma luta feroz, com unhas cravadas na carne, o corpo trêmulo, e outras nuances mais, que só quem sabe o valor que tem aprecia.

   E para apreciar isso... é preciso experiência, maturidade, vivência, respeito, jogo limpo.

   Quem sabe apreciar isso entende que despir a pessoa de suas roupas, de seus pudores... é como abrir um vinho raro, caro, deve deixar respirar... sentir o "bouquet" que fica no ar, e aí neste momento, separamos adultos de crianças, nesta degustação que só o tempo ensina a praticar.

   O resto... é decepção, sinto muito.

   Mas sexo, ser sexy, entender o desejo sexual, saber separar tudo e manter como casual, sem ser banal, é coisa de gente grande, de safra... rara.

  Aquela, de quem tem o paladar apurado, que vai saber degustar, apreciar, valorizar, respeitar.

  Qual a sua safra?

  Quem merece...                  degustar?

  Existem claro, as opções sexuais de cada um, os casais liberais, pessoas que não vivem sem sexo de qualquer forma, pessoas que realmente veem o sexo apenas como uma necessidade animal, como um desejo que pode sim ser satisfeito á qualquer preço, de qualquer maneira, sob qualquer forma. E respeito claro tudo isso... e deixo mais claro ainda que o texto acima é somente uma cutucada em quem entra de maneira inconsequente, sem levar em conta que existe o dia seguinte. E ele existe.
  Seja lá qual for a sua opção, sua concepção de tudo isso, sua visão do sexo... se te satisfaz... quem sou eu para recriminar, apenas expus a minha visão, uma visão com algum tempo de praia.

   Téo Marques.