quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O CHÔRO QUE TE ENGOLE... (AOS QUE SOFREM EM SILÊNCIO)

O CHORO QUE SE ENGOLE... E A TRISTEZA QUE TE AFOGA.
Depressão... o chôro silencioso, a lágrima que escorre por dentro, em silêncio.

Somos todos embarcações soltas num mar de calmarias e tempestades.


Alguns sentem-se bem com a tempestade, porque apreciam aquela sensação de alívio que chega depois do tumulto, da adrenalina, do nervosismo.

Mas existem aqueles que temendo a tempestade, vivenciam a angústia de talvez enfrentá-la mesmo na calmaria.

E sofrem.

É preciso muita sensibilidade para identificar o sofrimento, para sentir que o outro não está bem, para identificar que a outra embarcação está adernando mais do que deveria.

Demérito na hora de navegar pela vida ?

Não... apenas é preciso a segurança da esquadra, de outro navegante que diga... "observe a minha espuma", estamos juntos, você consegue.

Para quem antecipa a tempestade que pode nem chegar, até uma enseada ou uma lagoa espelhada parecem mar revolto.

Mas na verdade, a tempestade está dentro de cada um.

Segurar o chôro, é deixar os porões serem invadidos pela água salgada que deveria escorrer por fora,e não por dentro, sinal de que há algo errado, chorar esvazia os porões emantém o equilíbrio, mantém a flutuação, alivia.

Não devemos ver fraquezas ou deficiências naquele que exita e sofre assim, mas sim uma sensibilidade extrema, que os torna suscetíveis as mais tênues mudanças no balanço, seu sofrimento vem da sensibilidade excessiva, que não está em conformidade com a maturidade que ainda não evoluiu tanto para atingir o equilíbrio.

Portanto... não julgue.

A sensibilidade extrema que os tolhe, é a mesma que falta à muitos que qualquer mexida no mar engole, atingir o equilíbrio leva tempo, muitas vezes uma vida inteira.
Vamos sinalizar positivamente para as embarções que cruzam conosco pelos mares da vida, vamos sempre sinalizar o caminho, dividir e evoluir não são sinônimos, mas caminham no mesmo sentido na mesma direção.
E... se a outra nau não chegou ao porto, não significa que ela não siga navegando, apenas está além do horizonte, fora do alcance dos olhos, mas presente nos corações, e um dia... outro porto, e todos estarão reunidos novamente.


Rogério Marques.tempodepraia.blogspot.com