Retomando a escrita,e certamente já comprando uma bela briga.
Como se isso fosse novidade para mim, principalmente falando de relacionamentos, comportamento, situações cotidianas, etc...
Não sei, talvez eu esteja ficando velho mesmo, ou então, talvez eu esteja de olhos bem abertos e enxergando algo que os outros parecem "providencialmente" ignorar.
Fazendo uso de uma nova rede social,( que imaginei ser algo mais light pois até a minha filha usa ) com aquelas dancinhas e tudo mais, comecei a perceber uma onda crescente de erotização sem precedentes, e uma exposição de intimidades disfarçada de modernidade ( será mesmo modernidade? ), expondo relatos de experiências sexuais, que me fizeram pensar em tudo aquilo que as mulheres dizem ter conquistado.
Não sei se sou antiquado demais, mas eu aprendi ( e tento repassar isso sempre para os meus filhos ) que a pessoa (seja homem ou mulher) que se dá ao respeito como diria minha avó, é sim vista de outra maneira na sociedade.
Machismo ou realismo ?
Eu já acho determinadas letras de funk, constrangedoras, sendo homem e ouvindo como colocam a mulher na sociedade, seu papel, como eles veem a mulher. Será que o tal "empoderamento" não morre aí ?
Vi meninas de vinte e poucos anos, gravando seus "relatos" de experiências sexuais com mais de um parceiro ao mesmo tempo, ou deixando claro que o negócio é pegação sem compromisso mesmo, que dão "aquele show" na cama, ou então, imagem em academia de alguém supostamente mostrando exercícios, mas nitidamente exibindo partes íntimas ao exercitar-se com uma calça que ao esticar fica transparente.
E pergunto a você, mulher, que sabe o quanto custa cada conquista na sociedade, afinal, essa pessoa está passando uma imagem sexy ou vulgar ? Essa pessoa, está expondo-se em busca de mais... "likes" à qualquer custo, sem imaginar que a próxima jura de amor que receber pode ser pela sua "raba" como dizem, e não pela pessoa que ela vai tentar mostrar que realmente é quando for tarde demais ?
Que tipos elas atrairão ? Lá adiante, quando encontrarem alguém que as veja como devem ser vistas, que as respeitem como devem ser respeitadas (são filhas, irmãs, mães de alguém ) como isso será afetado, caso essa pessoa especial para elas, de repente, encontre essas "mensagens" nem tão subliminares que ela deixou tempos atrás para o público ? ( Nem sempre os opostos se atraem, na verdade os opostos se distraem, os dispostos sim se atraem, mas para isso é preciso saber se ou outro está disposto a passar por cima de tudo, pense nisso )
Sou machista ? Não, mas sempre fui mais "low profile", eu acho que se estou com uma mulher bonita, sensual, sexy, que chama a atenção pela maneira como se porta, pela personalidade que me atraiu, não vou querer que ela mude, que seja uma "carola" da noite para o dia, mas eu acho que o respeito é via de mão dupla em todos os sentidos, devemos nos respeitar, para deixar claro o limite para o outro, sempre.
O sexy acontece entre quatro paredes, na intimidade do casal, nas provocações, cochichos no ouvido, olhares trocados... o vulgar acontece em público, propositalmente para que todos vejam, ouçam, imaginem. (Quem quer viver no imaginário de uma só pessoa, está em uma relação, quem gosta de saber que está no imaginário de várias pessoas, está em uma "pegação").
A mulher de verdade, sabe que é bem diferente o conceito social, a maneira como a sociedade vê homens e mulheres, tem noção disso, e conquista a sociedade por saber exatamente onde está a tênue linha que separa o vulgar... do sexy.
Na sociedade, o "homem" que fica com várias na mesma noite, é "garanhão", a mulher que fica com vários é "galinha". Mas que tal pensar pelo lado racional disso tudo ? Vamos atropelar esses conceitos com a lógica e a razão ?
O "garanhão" só serve para reproduzir e pagar pensão... e a mulher considerada "galinha" é o que resta ao garanhão lá na frente, serão os quarentões, cinquentões, sessentões agindo como adolescentes disfarçados de "empoderados".
Ambos devem respeitar-se, tanto homens quanto mulheres.
Expôr desejos, situações íntimas, fazer insinuações de cunho sexual nas redes sociais para angariar seguidores, me faz deixar outra série de perguntas no ar; os fãs estão seguindo a "raba", ou as ideias ? Qual a qualidade de quem se aproxima de um jeito ou de outro ? Quantos se aproximam com pretensa "sensibilidade", para ver se é tudo isso mesmo ? É mais difícil lá na frente identificar quem se aproxima pelas razões certas como reflexo do que expõe hoje, ou tanto faz ? Será ?
O que tenho visto, é um show de retrocessos, para mulheres que seriam extremamente atraentes, verdadeiramente magnéticas em qualquer local apenas pela presença, pelo olhar, mas que vem à público e matam essa percepção inicial, ao contarem sorrindo suas experiências sexuais, ou mostrarem em disputa com meninas muitas vezes impúberes e inconsequentes, que conseguem ser " a raba do funk ".
Na vida real, à dois, quem vai ficar vivendo esse papel de sensual, sexy, ou vulgar o tempo todo ?
Aquela noite preparada, de surpresas, brincadeiras, é tempero, não é vida real, na vida real, você chegar na cozinha, dar de cara com ela vestindo uma camiseta surrada, um moletom daqueles de ficar em casa, cabelo preso, cara de sono... e ainda assim sorrir e pensar "é ela", não tem preço.
E para você mulher é a mesma coisa, o cara do tanquinho, vai deixar você literalmente no tanquinho, esfregando as cuecas dele, o que tem valor é o que vivem a dois, e quando digo vida a dois, ela ocorre mesmo em meio a multidão, porque ainda que o barulho seja intenso e a poluição visual absurda, o único foco que ambos terão, será o dispensado a quem no apagar das luzes estiver alí, dividindo cobertas e contas no final do mês.
A vida chega diariamente cheia de opções e decisões, é a corda bamba do lívre arbítrio, lembre-se, nada é por acaso.
Tudo aquilo que você diz, faz ou expõe hoje, retornará lá na frente (que pode ser amanhá ou daqui a dez anos) com o peso inversamente proporcional ao que você deu quando pensou... "porquê não", ao invés de... "eu preciso disso ?".
A rede social usada de maneira equivocada, faz com que o próprio indivíduo rotule-se, muitas vezes sem perceber isso
Nos veremos por aí, por aquí, quem sabe ?