É... nada mais emblemático do que o caso Neymar, mas quantos... "Neymar" e quantas "Nágila" existem por aí, por aquí ? Quantos conhecemos ?
Será que é tão fácil assim apontar o dedo recriminando qualquer dos lados ?
Todos brincam, criam os "memes", afinal, o brasileiro gosta da piada pronta, e até brinca à respeito de perder o amigo mas não a piada.
Mas agora, vamos falar sério.
Eu não recrimino o cara que acena com facilidades, negociando com a pulseira do camarote cheio de combos e mordomias, e também não recrimino as meninas que chegam sorrindo querendo uma das pulseiras e um espaço no camarote.
Cada um sabe da sua vida, daquilo que deseja viver hoje, agora, e assume os riscos pelos desdobramentos futuros.
Mas... viver o momento, e depois não querer assumir os resultados, bem, isso já muda o rumo da prosa.
Quando existe essa "troca de favores", como não ver como uma relação comercial ? Um tem o que o outro quer, combinam a troca, a permuta, negociam e se ambos considerarem que vale à pena, porquê não ?
Mas sejamos francos, isso ocorre onde falta a maturidade, onde o contato é fútil, onde o outro não passa de objeto, mercadoria.
Um cara novo, com situação econômica e social que causa inveja em muitos, mas sem preparo para lidar com isso, e deslumbrado com o assédio, e uma menina fútil e irresponsável, não por ter deixado claro que desejava sexo, mas porque tem um filho, e acabou expondo a criança à isso. (Quem tem família, quem não vive só, precisa pensar em todos que serão afetados por seus atos, o telefone sem fio afeta muita gente)
Até que ponto vai a diversão ?
Onde começa a relação consensual entre adultos ?
Quem assume a liberdade de relacionar-se "curtindo a vida" assume os resiltados ?
Complicado, querendo ou não, a vida é cíclica, a sociedade vive ciclos que retornam de tempos em tempos,e velhas máximas são resgatadas quando os excessos começam a chocar.
Quantos homens e mulheres que até pouco tempo atrás eram cultuados como "garanhões", e como... "donas do corpo e dos desejos" (aquelas do... "Eu tenho necessidade de transar como qualquer homem também tem"), mas que na hora de pagar a conta, querem passar adiante, ou melhor passar um pano no... passado ?
Diga... você, homem ou mulher, quando conhece alguém interessante, coloca ou não na balança o passado da pessoa ? Sem hipocrisia... vamos lá... !
Você conhece alguém que considera interessante, depois de algum tempo, descobre que essa pessoa vivia a vida "intensamente", sem ficar no zero a zero quando saía, isso não te faz pensar ? Tem certeza que não ?
E se... ao descobrir isso, surge outra pessoa, igualmente interessante, mas que respeitava-se, que se preservava... qual das duas permanecerá em sua vida ? (vale para homens e mulheres)
É um tabu social ? Sim,e isso não muda porque alguém escreveu em uma faixa, colocou em um cartaz, ou gritou na rua, muda pelo exemplo, e claro, demora a mudança, porque é preciso conquistar o respeito da sociedade, e isso no grito só causa efeito contrário.
Qual o preço que você, que externa seus desejos, que conta na roda de amigos(as) que pega, pegou, saiu, ficou, deitou com esse(a), aquele(a), etc... na hora você realmente acredita que todos os... "uau"! sejam de admiração ? De um... espanto com a su modernidade ? Ou de... "uau... não acredito que orgulha-se disso" ?
O que pesa em tudo isso, é assumir de "cabo a rabo" o que faz quando ninguém está vendo (teoricamente), quem expõe a relação, o que fez ou deixou de fazer, expõe algo que não tem sentimento, só... sensação.
Encantar-se por formas é imaturo demais, encantar-se por condição social, é fútil demais, o importante é encantar-se pela pessoa, e se ela for verdadeira também, vai sempre querer melhorar, ser a pessoa que você merece também.
( Serve para eles e elas, que fique bem claro)
E você... o quê procura ? Porquê procura ? Como procura ?
Cara! Não é só ela que precisa preservar-se, satisfação é saber que ambos tocam-se, e sentem um ao outro, como se fossem os primeiros, ainda que não o sejam, quem se preserva, quem preserva aquilo que viveu, quem deixou a vida trazer a experiência, a vivência, ao invés de sair correndo atrás, tem mais qualidade... (entendeu agora o quantidade x qualidade ?)
