domingo, 28 de dezembro de 2014

QUANDO PEQUENOS ESPAÇOS... GERAM GRANDES DISTÂNCIAS.

   

          Pequenos espaços gerando grandes distâncias... sabe onde isso se encaixa ?

          Claro que sabe, qualquer adulto que já esteve em um relacionamento sem diálogo, o sabe, afinal, porquê cessa o diálogo ?

          Porquê cessar o diálogo ou deixar que isso aconteça ?

          Quem não conhece a sensação de estar com a pessoa em um mesmo ambiente,e ainda assim sentir-se só ?

          É este o ponto que certamente delimitou a criação daquela frase famosa, e já tão batida em relacionamentos e redes sociais, " O IMPORTANTE NÃO É CONQUISTAR UMA MULHER NOVA TODOS OS DIAS, MAS A MESMA TODOS OS DIAS ".

          Você já reparou que depois de um tempo a televisão passa a ser mais interessante ? E que qualquer leitura supera a proximidade que poderia facilitar o diálogo ?

          O que aconteceu com o interesse que a pessoa demonstrava pelo seu dia, seu cotidiano ?

          Já imaginou que você pode ter afastado isso ?

          Lembra daquele dia de stress, quando você chegou, com ar de poucos amigos e foi extremamente "seco(a)", em sua resposta ? Talvez isso tenha ocorrido mais de uma vez, quem sabe ?
De repente... à partir deste ponto a pessoa possa ter imaginado que estava te "sufocando", e ai ?
          Quando a relação começa a ser pautada no silêncio,e não digo no silêncio sadio dos apaixonados, quando a presença do outro é tão boa que não são necessárias palavras, mas sim no silêncio já doente da falta de interesse pelo cotidiano do outro, pela falta de interesse na realidade do outro, pela vida do outro.

         Quando nos envolvemos com alguém, é importante sim manter um certo espaço próprio, não fechar-se na famigerada "bolha", 

          Mas lembre-se... espaço demanda respeito, lealdade, segurança... e tudo isso só com o "diálogo".
          Quando a convivência começa a se deteriorar, quando a vida a dois começa a ficar insustentável, talvez seja o momento de tentar exercitar o diálogo. Mas que fique bem claro, depois de um determinado tempo, depois de muitas mágoas reprimidas ou de situações desgastantes, talvez não seja mais uma questão de diálogo, mas sim de acertar as bases de uma separação.

         Palavra dura ? Ruim de ouvir ? Sim claro... pois para muitos pode soar como fracasso, como inadequação social, ou simplesmente como o fim da zona de conforto.
         E ai alguns podem perguntar... "fim da zona de conforto se não estava bom?".

         Sim, fim da zona de conforto, pois o fim de qualquer relação, sempre será complicado, sempre acarretará uma mudança,e quanto mais longa e cheia de detalhes ( filhos, amigos familiares que conviviam muito com o casal ), mais complicada e difícil de "deixar" esta zona de conforto.

         E aí devem entrar as perguntas que você deve fazer a si mesmo diante do espelho.

         " EU PRECISO DISSO ? "

         " O QUE EU ESTOU DEIXANDO DE VIVER PARA MANTER ESTA SITUAÇÃO ?"

        " VALE À PENA O TEMPO QUE ESTOU DEIXANDO PASSAR ADIANDO ALGO QUE SERÁ INEVITÁVEL E QUE PODERÁ FICAR MAIS TRAUMÁTICO ? E QUE DEVIDO AO DESGASTE CADA VEZ MAIOR... PODERÁ NÃO PRESERVAR ATÉ O MINIMO DE RESPEITO, SEJA EM RELAÇÃO AOS BONS MOMENTOS QUE POSSAM TER EXISTIDO, SEJA EM CONSIDERAÇÃO A FILHOS?"

            Bem vindos ao mundo dos adultos,e suas decisões...  quem disse que seria fácil ?

            Quando passamos deste ponto, pequenos espaços tornam-se sufocantes, situações que forçam o diálogo tornam-se incômodas, e aí... dividir até a mesma cama fica tão complicado quanto dormir em um albergue cheio de estranhos no mesmo ambiente, é o ponto onde estes outrora companheiros tornam-se "indigentes emocionais", as vezes mendigando carinho, ou uma réstia de convivência mais... amável. 
UMA PALAVRA...
UM GESTO...
COMPLICAR OU DESCOMPLICAR SÓ DEPENDE DE SABER O QUE QUER...
O QUE VOCÊ MERECE ?

          Neste ponto... duas pessoas que cultuaram uma relação de amor, agora trancafiados em um ambiente que força a convivência, acabam por afastar-se, uma mesma cama pode ter milhas e milhas de distância de uma ponta a outra, mas lembre-se, a falta de carinho também sufoca.

           Antes de permitir que pequenos espaços tornem-se grandes distâncias, pense, reveja conceitos e ideias, antes de sermos felizes com alguém devemos ser felizes individualmente.

           Se as barreiras do diálogo tornaram-se intransponíveis, dialogue consigo mesmo... diante do espelho, diante da pessoa que não pode mentir para você... você mesmo(a).

           A vida passa muito rápido para perdermos momentos especiais, pessoas especiais, oportunidades especiais...  pense nisso.

           O tempo não para, por isso é preciso que ele tenha qualidade.

          A maturidade para "saber namorar", faz toda a diferença, pois quem sabe namorar mesmo, sabe que o importante é dar qualidade aos momentos juntos, dar valor aos mesmos, quem já tem algum tempo de praia, sabe que na relação... é preferível ter quinze minutos de presença com qualidade, do que vinte e quatro horas de quantidade...  é como aquele vinho bom, quem não sabe apreciar não se contenta com o aroma, com um gole, para estes uma garrafa ou uma vinícola inteira não fazem diferença... e você é vinho... ou vinagre ?

            Para pensar.

            O Perigo de mendigar carinho, afeto, diálogo... é perder de vez o amor próprio, é simplesmente tornar-se algo que a pessoa já tem, uma sombra, e aí como competir com quem emana luz própria ? Antes da decepção... pense na reação.


           Quando um espaço pequeno deixar claro que existe entre ambos (casal) uma grande distância, talvez seja a hora de sair e realmente ampliar esta distância.