segunda-feira, 2 de maio de 2011

CRÔNICA DE UMA "BALADA" COM OS AMIGOS...



  Só para pensar...  já imaginou tirar uma foto panorâmica daquela balada que todo mundo frequenta picando cartão? Quantos chegam a mudar de roupa na semana seguinte? Ou simplesmente chegam a mudar de lugar?

  E uma dica... sempre confira sua comanda, o numero de "drinks" na sua comanda, é inversamente proporcional a boa fé na hora de cobrar, pense nisso, depois que passou o cartão e deu o "enter" já era.



                                           

 Balada... tudo combinado, esquenta na casa de um, destilados à vontade, depois todos apertados no carro, animação geral, as abobrinhas de sempre, mas enfim é noite de balada.

   Quem vai "casado" já chega tenso, sabe como é, noitada, gente que bebe, e o velho lema "Se beber não namore", seguro morreu de velho.

   A balada funciona assim... você chega, já vê a mudança na porta, no preço claro, depois é tudo igual, as mesmas caras (em alguns casos as mesmas roupas), todo mundo tem seu "cantinho" que parece privativo já, cumprimenta um e outro, chegam as figurinhas carimbadas de sempre, aquela dose generosa de vodka que o pessoal do bar que já te conhece  libera, enfim... começa o cozimento.

  Quando a casa enche, quem arrumou um espaço mal respira, melhor nem arriscar dar uma volta enquanto os amigos não chegam para garantir o espaço, é o m² mais disputado que há, se perder o cantinho pode sentar e chorar porque reintegração de posse não funciona ali.

  E dá-lhe vodka.

  Todos instalados, vendo as mulheres melancia, morango, provolone de mercearia (as que apertam as "sobras" com uma roupa que fica cheia de gomos, para não ofender os fabricantes de pneus serei diplomático), e as "tias da balada", e olha que falo de carteirinha, já tenho quatro décadas de praia, mas tem gente que com quase seis décadas ainda usa mini saia e afins (esquecem que os que se alimentaram antes de sair não precisam deste... impacto visual, sejamos visualmente corretos por favor), enfim tem gente sem noção para todos os gostos.

  E dá-lhe vodka.

  A noite vai caminhando conforme o previsto, olhares, insinuações... esbarradas, cantadas, "tocos" (um jeito carinhoso de levar um fora) e...  

            dá-lhe vodka.

  A banda tocando com o som no último, um amigo tirando sarro do outro que estava "oficialmente acompanhado", quando estamos chegando no meio tempo muita gente já querendo se enroscar para garantir a noite, e...


            dá-lhe vodka.

   Papinho na orelha... todos fugindo do famoso pessoal "CG" (Chulé na Garganta segundo um amigo meu), aqueles que tem bafo mas sempre querem contar um segredo,e pensam que seu nariz é ouvido( devem ter uma visão abstrata da vida ), nunca aceitam menta e chiclete, mas se oferecer uma meia  do Gilmar Fubá depois do treino eles até mascam, bom mas pra isso também... 

   dá-lhe vodka.

   As amigas fugindo dos bêbados... os amigos procurando as bêbadas, enfim tudo exatamente igual a semana anterior, e claro será exatamente igual na próxima, e... 

    dá-lhe vodka.

  Você ali já enroscado com alguém, aí vem o sacrifício de atravessar o salão todo para chegar no banheiro, que só perde em aroma para o pessoal CG... mas pelo menos tem a bolacha rosa pra disfarçar (será que isso eles mascariam?), aquela pendurada por um arame no vaso sanitário. Bem,  se chegou até aí e está bem acompanhado (lembre-se antes só do que mal acompanhado, não saia pra "caçar" isso é coisa da molecada certo?) então está bem... porque o pessoal que ficou só, no máximo terá a companhia do X-Colifórme (ops X-Burger) da praça cheia de pombos depois da balada, ou até mesmo aquele "pingado" incandecente da padaria. E claro... 

   dá-lhe vodka.

  Fila para sair... sempre tem um folgado que conhece as meninas da frente ou a(o) amiga(o) que se prontifica a pagar todas as 35 comandas da turma (só perde para officeboy no banco com aquela maldita pastinha, é aquela "pasta encubadora"onde as contas se reproduzem mais rápido do que qualquer divisão celular,e o pior, sempre estão na sua frente) e  você ali, já meio cozido, calor, coração batendo no dedão do pé de tanto pisão que levou e ainda assim, mandando aquele finalzinho da vodka.

  O final de noite perfeito de sempre, amigos, risadas, vodka, vodka, vodka,vodka...     e como não poderia deixar de ser aquela ressaca assassina no dia seguinte, você pensando "mas que porcaria, não faço mais isso, preciso dar um tempo, gastei mais com vodka hoje do que gastei com gasolina o mês todo, tá me dei bem, mas esta sensação de que eu comi um pedaço de cortiça nunca mais, tão cedo não faço isso de novo!"

  Chega sexta feira e... começa tudo de novo, hum... a vodka dá amnésia mesmo, nem da promessa de não repetir a dose você lembra, mas quer saber? Estando entre amigos sempre vale à pena, semana que vem estaremos lá de novo.

  Vamos?

  Bom humor é necessário para ler e entender... na próxima balada, olhe à sua volta e vai reconhecer vários personagens.


  SE BEBER NÃO DIRIJA, VOCÊ PODE TER SORTE UMA VEZ, JÁ DUAS...

  NÃO ARRISQUE A VIDA DOS OUTROS, POIS NEM A SUA VOCÊ TEM O DIREITO DE ARRISCAR, É UM PRESENTE MUITO RARO E CARO PARA TRATAR ASSIM, AGINDO COM CONSCIÊNCIA DÁ PARA REPETIR MUITAS VÊZES A BALADA COM OS AMIGOS.
  

 ESTA NÃO É UMA OBRA DE FICÇÃO, QUALQUER SEMELHANÇA  COM PESSOAS E FATOS SERÁ UMA MÓRBIDA COINCIDÊNCIA.