Todos temos dentro de nós, dois lobos, dois lados, dois espiritos.
E oferecemos aos outros aquilo que alimentam, libertam, cultivam, "cativam".
Sempre ofereço o meu melhor, até que fique claro, que a reciproca não é verdadeira, aí passo a oferecer aquilo que a pessoa deseja, de acordo com o que oferece.
Qual você vai alimentar ?
Eu procuro ser justo, e tratar todos com a mesma justiça e deferência que dispensam a mim, mas espero sempre o mesmo em troca.
Sim, admito que sou muito reativo, combativo,rude, as vezes aspero mesmo, mas é algo meu que vem à tona quando percebo que estou abrindo mão de mim mesmo.
Já levei muitos tombos, lidei com pessoas narcisistas, manipuladoras, e fui reduzindo a minha tolerância ao que me desagrada. Sempre agi com justiça em relação as pessoas, nunca coloquei ninguém como "não confiável até prova em contrário", então não recebo bem esse tipo de atitude em relação a mim, porque não "sacaneio", mas entendo que para quem chega agora, quem não me conhece bem, é complicado compreender isso, ainda mais se a pessoa chega com traumas e medos também, e aí a minha reação pode complicar mesmo, longe de ser algo ligado ao ego, é aquela coisa ruim que só quem sofreu uma injustiça, sabe, conhece.
E acabo ligando o F... literalmente, claro, sei que pode ser uma relação desmedida, mas é minha e para saber só estando na minha pele.
Podem confundir com ego inflado, egoísmo, etc... mas na verdade, é a minha reação natural e muito honesta.
Lido mal com imposições, "ordens", exigências que ponham em xeque a minha conduta, como se a não aceitação das regras significasse que não jogo limpo ou que estou suscetível a tentações de fazer "M" como qualquer um, e como eu sei que não sou qualquer um (até porque não me interesso por qualquer pessoa), acabo reagindo com... uma certa ferocidade admito.
Mas, aprendo claro, as vezes me arrependo, e sigo em frente, mudar eu mudo, admito que preciso de "atualizações", mas sempre no meu ritmo, velocidade, sem ser empurrado.
Coisa de gente das cavernas.
É um dos efeitos colaterais da solitude, se fosse da solidão seria desespero e submissão, mas sendo efeito colateral da solitude, é aquele sentimento de autopreservação, na verdade amor próprio, e amor próprio não é egoísmo.
Vida que segue, nada é por acaso, e a vida cuida de preparar os esbarrões, os encontros e desencontros, ou reencontros, vai que vem de outras vidas, almas, chamas gêmeas (aprendi à respeito à pouco tempo).
E sigo pensando... "qual dos lobos estão alimentando ?" quando a vida promove encontros e desencontros.
Como todo lobo que vive sem alcatéia, que vive só, que caminha só, qualquer aproximação precisa ser cuidadosa, pensada, equilibrada, que me desculpem aqueles incapazes de compreender isso, mas uma coisa eu garanto, quem alimentar o lobo certo, terá sua lealdade e defesa mais ferozes sempre.
A solitude tem dessas coisas, ficamos mais duros, as vezes parecemos insensíveis, complicado, mas... é assumir os efeitos colaterais disso,e seguir em frente.
Aos que cruzaram meu caminho e viram meu lado mais combativo, sem que merecessem isso, peço desculpas, aprendendo sempre.