domingo, 28 de abril de 2013

IMAGEM NÃO É TUDO...

        Imagem... não é tudo.

        Muitos podem não concordar, muitos podem achar que é hipocrisia, que é demagogia, mas imagem realmente não é tudo.

       E o que vemos diariamente? O que nos cerca o tempo todo?

       A venda da perfeição, da imagem de corpos perfeitos, de pessoas sempre bem produzidas, de sucesso e  até mesmo caráter associados a carros novos, roupas, bebidas, cigarros ( o que é inadmissível uma vez que esquecem de associar a definhação a estes também).

        Vendem dietas, cosméticos, aparelhos, suplementos alimentares, enfim, toda uma sorte de  artifícios para que as pessoas fiquem "teoricamente" tão bem quanto as modelos que os apresentam na tevê, e em propagandas todos os dias.
         Mas e você...  ?  Compra a imagem? Compra a ideia?

         Você acredita em quê?

         Infelizmente muitas pessoas pautam suas vidas pela imagem, pela necessidade de estar visualmente aceitável pelos padrões sociais impostos pela imagem da perfeição.

           Mas o que é perfeito?

          Perfeito deve ser o caráter, deve ser a conduta, deve ser a maneira como você lida com as suas imperfeições e as dos outros, sim, você tem imperfeições... afinal, ninguém é perfeito.

           Você prefere que alguém elogie a sinceridade no seu olhar... ou simplesmente, que diga que seus olhos são bonitos?

           Você prefere que elogiem seu sorriso marcante, ou sua maneira de sorrir verdadeira?

       Cuidar do corpo, da aparência, ter a famigerada "vaidade" na medida certa é saudável, é normal, é algo louvável.

              Mas guiar-se pelo que os outros esperam, é errado, é fútil... é superficial, tanto quanto a beleza vendida na tela da tevê.

              Quem vende uma imagem... vira escravo, fica tão fútil quanto a necessidade de aceitação que limita sua vida, sim... limita a vida social, limita a vida profissional, limita a vida afetiva.

                 Como?

                 Vida social...   limitada.

              Quem vive da necessidade de aparência, precisa de lugares da moda, de lugares para ver e ser visto(a), de lugares aonde sinta-se inserido(a) no contexto, lugares nos quais sua roupa, sua aparência sejam o que todos esperam.

                  Vida profissional...   limitada.

               Um emprego que não explore como deveria sua aparência? Um local que não faça "jus" ao seu tipo físico? Ou simplesmente um local que ainda que supra suas necessidades profissionais e financeiras, não apresente o "glamour" ( palavrinha ridícula mas bem encaixada no contexto) que a pessoa acha que merece... ou seja infelicidade total.

                  Vida afetiva, amorosa...    limitada.

            Como alguém que se encaixa no contexto dos parágrafos acima, pode aceitar estar preso a uma só pessoa, se é ou deve ser altamente desejável? Como de repente estar com alguém que visualmente não seja o que se espera como sua companhia?
         É... e neste ponto estas pessoas vivem seus momentos de glória, desfilam, são desejados(as), cumprem o roteiro que estabelecem para si mesmas, mas esquecem que neste mundo de fantasia, de aparência, existe um fator que chega... mais cedo ou mais tarde e cobra seu preço.
                 O tempo.

                 O tempo passa, traz suas marcas, e leva pessoas que poderiam somar, que poderiam fazer parte de suas vidas, a que poderia ser "aquela" pessoa especial... e aí, não há como recuperar o que se perdeu, e toda a futilidade que se viveu intensamente, vai pesar.

               Muitos podem não concordar, muitos podem não se encaixar neste contexto, neste texto... mas muitos hão de reconhecer que mais do que marcas aparentes, o tempo perdido vivendo assim, vai deixar marcas que não serão  visíveis do lado de fora, mas que certamente serão sentidas, serão internas.

                Mulheres e homens de verdade ( como já citei em textos anteriores) não vão ficar presos a estes modismos, a estas necessidades sociais, quem tem a beleza que só pode ser admirada pelas pessoas que vão além da superfície, tem a beleza nos pontos certos... no caráter, em sua conduta, no senso de justiça, na lealdade, na humildade.



                 E você vai aproveitar este tempo que passa muito rápido, cultuando a imagem, ou vai deixar que a imagem seja apenas um complemento ao que interessa? Ao que vem de dentro?
                 Imagem não é tudo...   pense nisso. 

                Mas pense rápido... o tempo passa,e você já abriu mão de quê? De quem? Já pensou nisso?