sexta-feira, 11 de abril de 2025

DESCARTÁVEIS POR OPÇÃO ?

    Descartáveis... será que somos todos descartáveis hoje em dia ?

    Você já parou para observar a velocidade com que as relações, seja amizade, trabalho, familiares e até amorosas se dão hoje em dia ?

     Ninguém precisa verdadeiramente conhecer ninguém, basta observar as postagens, achar que ficou bem na foto, e tudo certo, nasce uma amizade de anos em segundos, uma admiração por algo que nem se sabe se é real, ou uma paixão desenfreada, pela pessoa magneticamente perfeita que surgiu na telinha.

       Quem antes esforçava-se para uma aproximação, hoje pega todas as informações em redes sociais, com amigos de amigos, e consegue traçar o perfil da pessoa que lhe interessa, isso passa longe de ser aquilo que antigamente existia, não é mais natural, não é mais pautado na verdade, mas naquilo que foi "pescado" para facilitar a aproximação.

        E...não! Não me venham com papinho de pseudo analistas dizendo que digo tudo isso porque tenho inúmeras frustrações, até porque, quem disser que não as tem, mente descaradamente, isso torça o nariz aí, mas sabe que é real, e que antes de me xingar nos comentários, terminará a leitura para ver se me retrato ou ofendo mais até o fim.

          O mundo digital, facilidade de acesso a recursos e dados deixou mais frias as relações,e mais descartáveis  também, mais imediatistas, pois se uma pessoa não reage na velocidade desejada (esperada), já deixa de ser atrente, independente da impossibilidade de responder a mensagem ou audio ou seja lá qual for o meio escolhido para o contato, todos tem a ideia errada, infantil e egoísta, de que basta ter vontade ou querer, que é só pegar e digitar uma resposta e pronto, mas a vida real não é assim, nem sempre é possível responder prontamente, em muitos casos até por questão de educação dependendo do local onde se encontra.



        As pessoas ficaram tão imediatistas, que a ansiedade virou um mal tão disseminado quanto qualquer epidemia virulenta, e isso traz a tiracolo pânico pelo medo de não saber o que provoca a demora, e depressão, pelo medo crescente e insatisfação pela "incompreensão".

       Tudo ficou mais fácil sim, rever amigos, colegas, vizinhos, e claro, cair no 171 (estelionato sob todas as formas, principalmente emocional), tudo porque as redes sociais promoveram esse imediatismo e uma ansiedade infantil por respostas, todos viraram Wendy ou Peter Pan, e esqueceram de crescer no quesito relações, alguns até regrediram e fizeram questão de esquecer as lições de uma vida inteira.

       Compraria ações de clinicas psiquiatricas e de psicologia se estivessem no mercado...   ( só pensando alto aqui ).

         Vejo relacionamentos de anos ruindo porque a traição está na ponta dos dedos, com fones de ouvido e conversas picantes, imagens explicitas e papos eróticos na madrugada (sim porque é moderno isso), com pessoas que do outro lado pregam a normalidade disso.

           Vejo amizades que acabam, porque aqueles que pouco olham para os recados "pipocando" no celular, são considerados relapsos na amnutenção da mesma, e aí são substituidos por outros que respondem prontamente sempre, mas nao é a velocidade de resposta que determina uma amizade, um amor, mas sim a sua raiz, sua origem, e digo sem medo de errar, quando a origem é "analógica" ( olho no olho, aperto de mão) é muito mais verdaedeira do que a "digital" (só on line), mas reconheço que tenho sim amizades digitais que prezo pelo nível de educação, consciência, e maturidade, porque quem tem um certo tempo de praia nota ao conversar, seria hipocrisia negar isso.

              Se as pessoas soubessem como é simples hoje a aproximação, descobrir tudo o que a pessoa gosta, criar um "dossiê" da pessoa, e depois dizer tudo aquilo que ela quer ouvir ou que sirva de gancho para aproximar-se, e pergunto, isso é natural, como encontrar e conversar olho no olho do nada, sem a menor chance de estar diante de alguém que aproximou-se pelos seis graus de separação ( pesquise), ou acredita que todos sejam realmente uma "alma gêmea" seja lá para qual finalidade for ?

                 On line, todos são inteligentes, bonitos, bem sucedidos, dignos, defensores da moral e dos bons costumes, até eu pareço legal (e modesto), mas uma coisa é certa, eu coloco a cabeça no travesseiro e durmo bem, porque não preciso de I.A para criar meus textos e viagens escritas, ou para digitar as minhas divagações, e sei que aqueles que me conhecem pessoalmente,e muitos dos que me conhecem digitalmente podem corroborar com essa minha afirmação.

                 Me preocupo com o futuro que meus filhos enfrentam ( porque vi a transofrmação com a chegada da rede e de celulares e sua evolução ), e com o que ainda virá pela frente, pois o bandido pode estar te conquistando neste exato momento, naquele "balãozinho verde" do zap que pipocou no topo de tela, e que parece vir do principe ou da princesa encantados, da proposta sensacional de trabalho ou parceria, enfim, de alguém que fez a lição de casa para o bem ou para o mal.

                Quem cresceu já no mundo dividido entre digital e analógico, hoje prpoporcionalmente mais digital e frio, tem dificuldade em identificar quem se aproxima (especialmente se pregisa do ego massageado e se tem baixa autoestima), ou as nuances de algo que esteja acontecendo no momento, são mais "frágeis" e não sabem lidar com a presença real, e para piorar, infelizmente conheço pessoas que viveram o mesmo que eu, mas renderam-se ao mundo digital para voltar a adolescência, ou para liberar instintos que acreditam não ser problema afinal o mundo... "evoluiu",e já não e correto discriminar libertinagem disfarçada de liberdade ( até que um dia a idade pesará, e tentarão rsgatar aquilo que fizeram questao de esquecer pelo "tesão" da vida moderna, se olharão no espelho levando aquele susto, porque as marcas do tempo estarão ali "da noite para o dia", e as marcas na alma pesarão tanto quanto as pernas, as costas e a consciência, por terem trocado valores reais, por valores... digitais e dascratáveis).



              A conta chega, o tempo não pára, não volta, e resgatar aquilo que um dia foi tão verdadeiro e palpável, pode não ser mais possível, porque será algo tão raro e caro, que nem todos terão como pagar o preço, ou como provar que são merecedores de uma nova chance para o tempo que lhes resta. ( as pessoas "digitais" que pesquisam o objeto de desejo, sempre parecerão as mais perfeitas e desejáveis para os imaturos e influenciáveis, porque dirão aquilo que a pessoa deseja ouvir, afinal, tem a ficha desta em mãos, tem a "cola" para passar ao próximo nível, e quem não tem maturidade vai olhar para o lado e ver que familiares, amizade e amores não são tão atraentes por serem tradicionais, e os  descartarão como crianças que ganham brinquedos novos e deixam os velhos jogados no fundo do baú, e a pergunta que fica é; "quem será o brinquedo na mão de quem ? " E no final, serão descartados e lá no final, verão que estão no fundo do baú de alguém também )

            Papo chato não é ? Desculpem, mas as vezes ao observar o entorno e até olhando para trás, vejo que o mundo adoeceu por opção, porque hoje temos o remédio digital (placebo), e não mais o real que vem das amargas lições que a vida e o tempo trazem.

            O abraço que você recebe hoje é para ficar bem na foto ?

            O beijo que você recebe hoje é fruto da pesca digital ?

            O cafuné faz parte do roteiro estudado pré cama ?

            As palavras bonitas vem do script elaborado para conquistar ?

            O "eu te amo" vem da regra de cativar para manter ?

            O "tamu junto" é para mostrar que é amizade ?



           Não seja ingênuo(a) achando que a pessoa legal que preenche todos os requisitos, dirá que te pesquisou, estudou, ou que "cantaram" a bola à respeito de como se aproximar. (Até para imaturidade tem limite hein)

            A cerência digital com a velocidade de produzir sintomas instantâneamente, faz surgir relacionamentos perfeitos dia e noite, enjoou, cansou, desagradou, troque como troca de roupa. (cuidado porque roupa que passou em tantos corpos, vira pano de chão,e afinal, quem usa quem ? )

           É... fiquei cético, ou será que fiquei mais racional e por isso pareço tão duro, em um mundo novo de quem não quer nem ter o trabalho de mastigar ? ( mais uma da série "analogias opressoras" )

            Nos veremos por aí, por aqui, e se for analogicamente, o prazer será ainda maior.

             Abraços (analogicos).

              

              

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