Não adianta florear ou enfeitar demais a realidade, porque ela está aí, aquí, e estamos imersos nela.
Tempo de praia... ou melhor, aprendendo com os erros, acertos (raros) e observando aquilo, e quem está ao meu redor.
Já fui aquele alguém que você encontrava na balada, na festa, no agito, em todos os lugares onde a "muvuca" estivesse presente.
E posso dizer que as chances de encontrar um certo alguém nestes lugares, é rara, pode acontecer ? Claro, mas é raro, e na esmagadora maioria dos casos que eu pude testemunhar, não foram relacionamentos que duraram muito.
Porque na balada, na festa, no agito, em público, poucos são o seu lado mais fiel a realidade.
Você gostaria daquele alguém, para deitar na rede com você assistindo o por do sol ? Aquele alguém que te ligasse no final de uma sexta feira convidando para uma escapada, para ir a a algum lugar para vocês dois, para que fossem inteiros e não... metades ?
Sinto em dizer, mas este alguém não vai surgir na balada, as chances de fazer a mega sena sozinho(a) são maiores, acredite, ou... sinta na pele.
Lembre-se ( e esta frase vai acompanhar você até o final do texto )...
" PLANTAR É OPCIONAL, COLHER NÃO ".
Sabe quando você vai aprender isso ?
Quando chegar naquele ponto, no qual o "insight" vem de uma cena simples, de alguém ali sentado(a) na areia da praia, assistindo o por do sol, em silêncio.
Quem veio da "balada" com você, senta ali para curar a ressaca, curtir a noite até o último minuto, mas já pensando no próximo final de noite, ou naquilo que vai "ganhar" te acompanhando até ali.
E esse alguém estará na balada novamente em breve.
Imagine-se ali, sentado(a) na areia, ou na varanda olhando para longe, ouvindo os ruidos e sons do seu próprio silêncio, e de repente olha para o lado e vê a mesma cena em outro alguém.
Sabe o que é isso ?
É o encontro de dois inteiros, de duas pessoas que viveram o que era preciso viver para chegar até ali, e valorizar o silêncio ensurdecedor de quem não precisa de palavras para mostrar a que veio.
Percebe que são duas pessoas no mesmo ritmo, sintonia, na mesma... "vibe" ?
Certamente são duas pessoas que não trarão o passado como lastro para pesar e deixar a relação arrastando-se, mas trarão sim... bagagem.
Serão dois inteiros somando,evoluindo juntos, e não precisando completar-se desperdiçando energia e tempo.
"Ah! Mas eu prefiro alguém que viva no mesmo agito que eu, que goste das mesmas coisas que eu! ".
É exatamente sobre isso o texto, sobre ir para o agito, a muvuca, e depois querer aqueles momentos mágicos à dois, tentando "desacelerar" para poder observar algo que só quem realmente vê... enxerga.
Tenho visto atitudes tão equivocadas, pessoas que imaginam ser possível encontrar um certo alguém, só em determinados meios, ou se a pessoa compartilhar dos mesmos gostos, é o "moldar-se", aceitar o que vier,e depois decepcionar-se por deixar de ser a novidade local.
Ah, mas a pessoa admirando o por do sol buscando outra assim, é a mesma coisa ".
Será ?
Se ela estava li sozinha, não precisava da aprovação do bando, da turma, de um nicho, não precisava de um carimbo social de "relacionando-se".
Compreendeu o valor da própria companhia,e com isso não aceitava mais estar mal acompanhado(a).
Curtir a vida adoidado, tem seu preço, criar uma história na "vibe" errada, custará caro lá na frente, porque quem amadureceu para um relacionamento, não comprará qualquer... estória.
Aquilo que você faz, diz, mostra... é parte (muitas vezes negativa) de quem você é para muitos, parte da sua história para alguns, e algo que te fez inteiro(a) para um certo alguém.
Lembre-se, "TEMPO E DISTÂNCIA NÃO SEPARAM DUAS PESSOAS QUE MERECEM O ENCONTRO OU REENCONTRO, MAS AS PREPARAM PARA O MOMENTO CERTO".
E quem decide o momento ? Certamente não somos nós.
Não adianta querer criar o momento, forçar o momento, ele vem, e aí só quem aprendeu a ler o caminho revendo as lições do passado,compreende.
Texto confuso ? Vamos simplificar então.
Não é sobre ser parceiro de balada, churrasco, festa, ou de admirar o por do sol, não é a "atitude" mas sim a "VIBE".
É a sintonia, de estar no mesmo momento.
Já sei... a questão é "como saber se é o mesmo momento ?"
A... "vibe" de não sentir falta de reviver o passado, ou manter a pegada do passado, porque seja lá o que tiver acontecido lá que merece ser revisitado reiteradamente, jamais ocorrerá de novo, pois ficou lá no passado.
O tempo não pára.
A vibe de lembrar com carinho dos bons momentos, mas não de precisar recriá-los para sentir aquela alegria.
Lembra daquele ditado... "AMOR DE PRAIA NÃO SOBE A SERRA", ou... "AMOR DE CARNAVAL ACABA NA QUARTA FEIRE DE CINZAS" ?
Pois é, não surgiram do nada, e como eu disse lá no começo, as chances de estarem totalmente erradas estas duas frases, é raríssima, mas quando acontece, é admirável, merece aplausos e respeito, porque foi um encontro de maturidades, independente da idade.
E aí... vem a pergunta título do texto.
ONDE VOCÊ ESTÁ ?
Olhe para o lado, eu sempre olho, mais valem dois olhares de quem admirava o por do sol na própria companhia, do que o olhar entre vários olhares, trocado na balada, na muvuca, até porque lá, mal ouve-se o próprio pensar, foco naquilo que realmente merece ser visto e enxergado então...
Onde você está ?
Antes de ser "apedrejado", vamos lá.
O seu por do sol, pode estar na mesa de uma cafeteria, no balcão de uma padaria, andando pelos corredores de um shopping, caminhando na praça, ou até dentro do carro parado no semáforo... mas não na balada, sabe porquê ?
A tal... "VIBE".
Se entendeu, fico feliz, se ainda não entendeu... bem, boa sorte na balada.
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