domingo, 28 de outubro de 2018

AH A CARA DE DEJA VU.

A vida como ela é. (Aquela cara de... "Deja Vu").
                                        "Ai ai... já vi isso antes"
Praticamente um "caso verdade", aliás, esse pedí autorização para o amigo com quem conversava, para colocar por escrito (claro, sem citar nomes, lugares, e afins).

Um amigo muito próximo com quem sentei e conversei depois de algum tempo (amigos de verdade, conversam como se o últmo papo tivesse ocorrido minutos antes, mesmo que sejam anos).

Ele me disse que envolveu-se com uma pessoa, e que na verdade no momento estava muito confuso (já ví isso antes), e que por isso acabou não levando adiante a relação, não envolveu-se como deveria ou ela gostaria.

E me confessou que sentia falta dela, que lembrou de como era bom estar com ela... mas que ela de repente tocou a vida, seguiu em frente, e não o levou mais à sério.

Ele me confessou que gostava dela, mas que infelizmente, ela agia de maneira à deixar claro que eram só... amigos.

Mais velha conhecida a situação, impossível.

Eita "Deja Vu".

É... é complicado, falei para ele que passei pelo mesmo, que agí como ele, e que sabia exatamente o que ele estava passando.
Infelizmente caímos naquele velho papo do... "não é o meu momento", o que deveria soar sempre como "isso vai doer mais em mim do que em você" (mentira).


Afinal, quem nunca ?

Ouvindo ele contar, me ví alí, no lugar dele, e sabia exatamente o que ele estava passando, o interrompí e disse:
" Posso dizer o que está passando ? Depois me diga se não é isso mesmo...".


Você se envolveu com ela, foi gostoso, tórrido, surgiu aquele carinho inexplicável, aquele que parece ser possível só depois de algum tempo, tempo que vocês não tiveram antes... mas surgiu.

A presença era gostosa, como se fossem um velho casal, onde um sabia o que o outro queria, o toque que o outro queria sem precisar falar.

Mas você não estava pronto para sentir-se preso á nada, nem à sensação mais gostosa que há de reciprocidade.

E veio com o papinho de... "não estar na mesma pegada" que ela.
Afastaram-se, e aí surgiu aquela coisa depois de um tempo, rolou um revival, mas nada além disso... era como se quisessem sem querer.

E nada mais... .

Aí fica o contato, o respeito e vocês se envolveram com outras pessoas, mas... não foi o mesmo, não havia aquela troca que começava com o olhar.

E você percebeu né ? Que o cheiro dela não era o mesmo que encotraria em qualquer lugar, não era o perfume, era o cheiro dela mesmo, o gosto do beijo, o toque que não era de ... "é meu" mas sim de... "tô com você".


Silêncio.

Olhos vermelhos e marejados, tanto lá quanto cá.

Ele falou com voz trêmula.

" Vai se fudê! Maldito... quer me matar é ? "

Falei para ele:

" Me matei muitas vezes assim... ".

Respiramos e eu disse para ele:

" Cara, vou te dizer, nós homens somos uns toscos, porque deixamos qualquer insegurança, criar um abismo, e a vida não precisa disso, porque colocamos a pessoa do lado de lá,e cavamos ums fossa abissal entre nós e a pessoa,e porquê isso ? "

Saímos desse papo com uma certeza, se nós sabíamos que aquele toque era diferente, que o cheiro era diferente, que a presença era diferente, foi porque foi assim também para a outra pessoa, a mesma energia que foi, voltou, foi uma conexão, e que certamente ela sabia disso, e se sentia isso, acabariam próximos de novo, mas que existia um fator que ele deveria levar em consideração, o tempo.


Não viver esperando por um certo alguém, ser o alguém que você gostaria de encontrar em outra pessoa.

Falei para ele, que eu aprendí uma bela lição passando pela mesma experiência, esperar da pessoa exatamente aquilo que eu ofereço, o meu melhor, e se não for verdadeira a recíproca,então não se perde nada quando a verdade está de um só lado.

Mudamos a prosa... porque o "trem é doido e intenso".

Compartilhando os nossos tropeços, acabamos aprendendo também, pois quando alguém se identifica, temos a chance de nos vermos de fora.

Rogério Marques

Pedi autorização porque essa vai pro blog

( Se o meu dedinho falasse...iria contar cada "topada" que eu já dei por querer correr no escuro quando deveria caminhar ).

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