E aí as coisas se complicam.
Conversando com um amigo outro dia, acabei entrando neste assunto, nem me lembro bem o porquê.
E parei para pensar.
Realmente, existem pessoas que sorriem com os olhos.
Você já encontrou alguém que tornou difícil o simples ato de desviar o olhar ?
Você já encontrou alguém que de repente te "flagrava" olhando sem parar ? Como se não houvesse mais nada à sua volta ?
Se a resposta é sim, então você sabe o que significa " sorrir com o olhar ".
E o mais interessante, este é um traço tão marcante de pessoas verdadeiras, e quando algo não vai bem, percebe-se rapidamente, mas só quem vai além da superfície consegue ter esta sensibilidade.
E é preciso sim ir além da superfície para compreender estas pessoas que sorriem com os olhos, que transmitem verdade em seus sentimentos escancarando aquilo que chamam de "janelas da alma".
E me peguei pansando naquelas pessoas que não conseguem ver isso ou melhor, que são incapazes de valorizar isso, pois ficam diante de alguém que tem a janela mais cristalina possível para a alma,e ainda assim preferem olhar em outra direção, e muitas vezes, na própria direção.
Eu vejo estas pessoas como detentoras de uma sensibilidade ímpar, marcante, capazes de um olhar que capta até mesmo a essência mais discreta, capazes de eternizar um momento com sua sensibilidade.
Já me deparei com alguns olhares assim... encantadores, magnéticos, e diria até... capazes de hipnotizar até os mais céticos,e digo, são um verdadeiro perigo, assim como o canto da sereia, podem nos levar na direção de algo capaz de abalar as estruturas mais equilibradas.
É neste momento que é preciso respirar, e fazer a sí mesmo a pergunta certa.
" Eu preciso disso ? "... porquê se a pergunta for... " porquê não ? "
tudo se complica, se tenho medo deste tipo de encanto ?
Não sei dizer, mas creio que o tempo de praia, tudo o que já naveguei, e o respeito pelo canto das sereias por saber do que são capazes ( ahhh essas mulheres!! Quem disse que nós homens é que as conquistamos ?) me ajuda a respirar fundo, e avaliar melhor cada situação.
E não nego... não tenho medo de nadar, de entrar nesse mar, mas sabem como é, tudo tem sua hora, respeitar e reconhecer isso pode ser a diferença entre um "naufrágio" ou uma "viagem" inesquecível.
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