quinta-feira, 23 de abril de 2015

" DEDO PODRE" ? PORQUÊ ? SERÁ QUE NÃO É... OPCIONAL ?

      Relacionamento... palavrinha complicada essa, tão complexa e simples ao mesmo tempo, ainda mais quando o "relacionamento" em questão não é profissional, social, mas sim... emocional, ou... "amoroso".

      Mas fica realmente complicado, quando uma das partes ( geralmente a que mais reclama ou se decepciona ), insiste em manter um certo tipo, ou um certo padrão na busca de um(a) parceiro(a).

      Complicado não ?

      Mas preste atenção, as pessoas que mais reclamam de certos tipos que encontram pela vida, geralmente acabam buscando os mesmos tipos, ainda que de maneira inconsciente, mas porquê será que agem assim ?

       Será que não notam os "sinais", ou será que os ignoram mesmo de maneira deliberada ?

       Afinal, se a pessoa busca alguém, procura por um(a) parceiro(a), mas pré determina o tipo ideal, ou seja idealiza e elabora aquela "fôrma", naturalmente deixa de notar outras pessoas à sua volta.

        E aí depois de algum tempo a mesma velha constatação de sempre... "eu procuro, procuro, tenho dedo podre, no fundo são sempre iguais", mas neste ponto direcionado as pessoas que passam por isso, que chegam à este tipo de conclusão deixo uma pergunta no ar... será que não é esta pessoa que não muda mesmo, que é sempre a mesma?

        Certo, antes que me amaldiçoem, vamos desenrolar este nó de arame farpado.
" Ainda que pareça absurdo, ou retrógrado, diferenças na criação, nas realidades e conceitos familiares podem sim pesar e criar uma barreira no momento das decisões do casal". ( Tudo deve ser levado em consideração ao conhecer alguém, ninguém pode mudar ninguém e valores pessoais são difíceis de mudar)

        Não adianta mudar idade, cor, raça, altura, peso, posição social, ou outras coisas superficiais quando for buscar ou abrir espaço em sua vida para um certo alguém.
        É preciso rever conceitos e pesar na balança o que realmente importa, é preciso observar como a pessoa interage com outras pessoas, se joga limpo, aberto, se tem ressalvas em falar sobre determinados assuntos, é preciso conversar muito, sair, realmente "sentir" como é esta pessoa, este alguém.
        
        Antes de entrar de cabeça em um relacionamento, é preciso sair, conviver um pouco em várias situações sociais, é preciso sentar frente à frente, conversar muito, olho no olho, é preciso segurar um pouco a aproximação da família,  e se uma das partes tem filhos então... é preciso segurar muito, dar um bom tempo mesmo para este tipo de aproximação. 
        Claro e alguns dirão... " mas quando você se apaixona você não pensa nisso "... e eu respondo... " quando adolescentes se apaixonam não pensam nisso, mas adultos maduros ou com responsabilidades devem saber separar, a sensação gostosa de gostar de alguém e sentir-se como na adolescência, do lado prático e real da vida".
" Ainda que a vontade pareça ser a mesma... é preciso observar, pesar se os objetivos individuais são os mesmos, existe uma grande diferença na motivação, somos indivíduos, únicos como aquilo que nos toca "

         Quando a pessoa não passa por este período de maturação da relação ou daquilo que possa vir à ser uma relação, certamente terá uma decepção, é regra geral ? Não... mas pare e pense... será que não é bem provável que isso aconteça ?

         Se fosse possível "racionalizar" esta... "paixão", se está em uma relação conturbada agora, ou acaba de sair de uma, ou se até mesmo está começando algo parecido, imagine a situação abaixo, pare, pense, avalie se isso não poderia acabar com aquela sensação de... "dedo podre".


         Lembrando que não é uma receita, até porque seria leviano tentar criar uma, mas...  porquê não parar, pensar, pesar e rever alguns conceitos e atitudes ?

         Conheceu alguém...  interessante ?

         Saia, converse, observe, sinta como a pessoa é no convívio social, preste atenção nos valores, em como lida com as diferenças, sinta como a pessoa lida com crenças, raças, opções sexuais... estas coisas que permeiam o nosso cotidiano com mais força agora graças as redes sociais.

         Se você tem filhos... pense que suas atitudes e escolhas afetam eles também, e que uma das responsabilidades dos pais ( separados, ou que criem seus filhos sós ) é pensar nos filhos e em quem se aproxima deles, é preciso estar muito certo(a) das opções, antes de pesar o que quer, pese o que seus filhos representam para você, e tenha em mente que pai e mãe devem pensar antes neles, espaço para uma vida normal surge naturalmente, não é questão se anular-se mas sim de saber filtrar pois é uma relação que envolve uma família, a sua família.

         Se não tem filhos... nada de apressar a interação com a família, quando a pessoa entra neste âmbito, passa a ter um relacionamento também com a família e certas cobranças ou comentários podem gerar mal estar, é preciso muita convivência antes para que isso seja absorvido mais facilmente.

        Em relação aos amigos, também é necessário um certo tempo antes de aproximar a pessoa deste nicho, mas aqueles(as) amigo(as), os de verdade, certamente darão um "toque", converse com aquela pessoa de confiança, porquê não pedir para que observe também, sinta, afinal é alguém de fora, com um olhar menos comprometido emocionalmente,e com certeza, vale à pena levar em consideração.

       E claro lá vem o clichê popular... "quando ouvir uma pessoa falando à respeito desse alguém, pense bem, quando ouvir várias... melhor repensar a relação".

       Reveja seus conceitos... antes de torcer o nariz quando conhecer alguém que não se encaixa nos padrões que você idealiza, pense se não está buscando sempre o mesmo fim apenas com uma história diferente...
     mas claro... torça o nariz quando for alguém reconhecidamente... "nocivo(a)", afinal você quer acabar com o dedo podre certo ?

    Olhe-se no espelho e pergunte;

    - O que eu mereço ?
    - O que eu quero ?
    - O que me faz bem ?
    - Eu estou prestando atenção aos sinais ?
    - Eu estou diante de algo que já conheço ?
    - Eu preciso disso ?

    A pessoa no espelho certamente não vai mentir para você.

    Somos feitos de ideias e conceitos, observe isso.

     Boa sorte... ? Não... nada de contar com a sorte, conte com os seus tropeços para não deixar de notar os sinais.

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